A deputada federal Dandara Tonantzin (PT-MG), presidenta da Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara, participou ao vivo do Jornal PT Brasil nesta terça-feira (6) e destacou os avanços do governo Lula no resgate da dignidade dos povos Yanomami.
Ela classificou como “emocionante” a reportagem do Fantástico exibida no último domingo (4), que mostrou a recuperação das condições de vida do povo Yanomami após a intervenção do governo Lula.
“Sinal de que a nossa política, a priorização da saúde, tá surtindo efeito, tá dando resultado na ponta para quem mais precisa.”
Tonantzin apresentou dados que demonstram o impacto direto da política do presidente Lula na região, com queda de 96,5% na atividade de garimpo ilegal; redução de 42% nas mortes por malária; redução de 21% nas mortes de pessoas indígenas; presença histórica de equipes de saúde no território; e R$ 827 milhões investidos só em 2024 em ações de saúde.
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“Investimentos diretos em atenção primária, equipes de saúde da família, estruturação da média e alta complexidade, com cirurgias que estavam paradas há muito tempo.”
Além da saúde, a deputada destacou que o governo Lula tem atuado na segurança alimentar, no combate ao crime organizado, na proteção ambiental, na defesa da sociobiodiversidade e em projetos de lei para acelerar as demarcações de terras e proibir agrotóxicos em territórios indígenas. “Ações que vêm dando dignidade, resgatando o direito à vida dos povos indígenas, ações do nosso presidente Lula.”
Comissão da Amazônia
Tonantzin criticou a atuação da extrema-direita na Câmara, que tenta travar os trabalhos legislativos em nome da anistia aos golpistas de 8 de janeiro. “A extrema-direita está numa ação de obstrução da ordem do dia e das comissões há semanas para aprovar a anistia aos golpistas. É um absurdo.”
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Ela também denunciou a criação de uma comissão externa formada apenas por bolsonaristas que, segundo ela, realizou apenas uma visita ao território e não tem compromisso real com os direitos indígenas.
Apesar das dificuldades, a parlamentar destacou que a Comissão da Amazônia segue ativa graças à articulação política das forças progressistas.
“Graças a Deus, a nossa luta, a nossa articulação. Temos hoje uma composição com deputadas como Dorinha (PDT), Célia Xakriabá (PSOL) e Juliana Cardoso (PT), comprometidas com a pauta indígena, quilombola, ribeirinha e com a proteção da sociobiodiversidade.”
Ela também fez uma crítica a parlamentares que se dizem indígenas, mas votam contra os próprios povos.
“Infelizmente, chega a ser constrangedor ver deputados que se reivindicam indígenas atuando contra direitos dos povos indígenas.”
Educação indígena
A deputada enfatizou que 2025 será um ano estratégico para a educação indígena com o debate do novo Plano Nacional de Educação (PNE). Entre as prioridades estão a efetivação da Lei 11.645 (história e cultura afro e indígena nas escolas), o fortalecimento da política de educação indígena, a pedagogia da alternância, e a valorização de professores indígenas.
“Queremos garantir a permanência dos estudantes indígenas e o desenvolvimento educacional a partir dos próprios territórios.”
Tonantzin encerrou a entrevista chamando atenção para a importância da COP 30, que será realizada no Brasil com protagonismo do presidente Lula. “Esse é o ano da COP 30. O Brasil e o presidente Lula vão sediar a maior conferência do clima da história do nosso planeta.”
Assista a íntegra da entrevista:
https://youtu.be/bh7iIf4ZL68?t=973
Da Redação