A fim de ampliar a presença de mulheres em áreas estratégicas como ciências, tecnologia, engenharia, matemática e infraestrutura, o Ministério das Mulheres apresentou o programa Asas para o FuturoA iniciativa reúne ações integradas para ampliar a participação de mulheres jovens em setores estratégicos para o desenvolvimento econômico, especialmente nas áreas de STEM ⎯ ciências, tecnologia, engenharia e matemática ⎯, como energia, infraestrutura, logística, transportes, ciência e inovação.

Instituído pelo Ministério das Mulheres, por meio da Secretaria Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados (SENAEC), e em parceria com outros órgãos, o Programa é voltado para mulheres jovens, urbanas e rurais, de 15 a 29 anos, priorizando aquelas em situação de vulnerabilidade social e econômica. 

Entre os benefícios oferecidos estão cursos e oficinas profissionalizantes em parceria com Institutos Federais, bolsas de estudo, apoio para ingresso no mercado de trabalho em setores ainda majoritariamente masculinos e formação sociopolítica sobre direitos das mulheres.

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A secretária nacional de Mulheres, Anne Moura, comentou a iniciativa e o impacto que ela pode ter na vida das jovens mulheres: “Entendo que o  governo Lula encontrou, por meio do Asas para o Futuro, uma excelente estratégia para modernizar a força de trabalho das mulheres. A juventude não quer apenas aprender atividades tradicionalmente ligadas ao mercado de trabalho feminino, como manicure ou auxiliar administrativo. As meninas anseiam por novos desafios e também por melhores remunerações. E este programa vem justamente contribuir para a formação das nossas jovens em áreas como ciências, tecnologia, engenharia e matemática, fugindo do estereótipo.”

Portanto, o Asas do Futuro procura corrigir esse desequilíbrio histórico incentivando a ampliação feminina nestes setores. Ter um ambiente mais diverso, contribui para construção de uma sociedade mais inclusiva e tolerante. Além disso, as mulheres poderão atuar na formulação de novas estratégias desses setores, apresentando novos olhares para a tomada de soluções.

“Estimular a participação e o acesso delas a postos de trabalho qualificados com baixa representação feminina significa ampliar a participação em setores estratégicos do desenvolvimento econômico brasileiro”, destacou Anne.

De acordo com o MMulheres, a diretora de Segurança de Trabalho e Renda do Ministério das Mulheres, Liliane Nascimento, destacou dados do 1º Concurso Nacional Unificado (CNU) e do Relatório de Transparência Salarial, que reforçam a importância do programa para o enfrentamento das desigualdades de gênero em setores estratégicos da economia.

“O 3º Relatório de Transparência Salarial trouxe dados referentes ao aumento de mulheres no mercado, mas a diferença salarial não mudou. Identificamos que um dos motivos pode ser em função de as mulheres ingressarem em empregos menos valorizados. Outra informação importante: os dados do primeiro CNU mostram que, apesar de mais de 60% das inscritas serem mulheres, a maioria dos aprovados ainda foi de homens. Além disso, no bloco de Tecnologia, Dados e Informação, mais de 91% dos aprovados foram homens, o que demonstra que as mulheres não estão inseridas nesse campo de trabalho”, destacou a diretora.

Segundo ela, as parcerias com os Institutos Federais vão oferecer cursos de qualificação em áreas como astronomia e sistemas de informação, com bolsa permanência de R$ 300 e a criação de cuidotecas para que as jovens possam estudar sem abrir mão de suas responsabilidades familiares. “O Brasil precisa ter a cara das mulheres, inclusive nos setores hoje dominados por homens”, completou Liliane, reforçando este é um compromisso da ministra das Mulheres, Márcia Lopes, e do presidente Lula: “garantir que as mulheres jovens tenham acesso a todas as oportunidades e estejam presentes em todos os espaços, especialmente naqueles que historicamente lhes foram negados”.

Detalhes do programa 

A Portaria nº 1, de 17 de janeiro de 2025 traz detalhes sobre o funcionamento do Programa, como o perfil das beneficiárias. O ato normativo explica que são beneficiárias do Programa Asas para o Futuro mulheres jovens em situação de vulnerabilidade social, prioritariamente as mulheres negras e indígenas que atendam, ao menos, um dos seguintes requisitos: sejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal; tenham residência em favelas e comunidades urbanas; tenham residência em zonas rurais; e sejam mães de crianças com idade até 10 anos.

O Programa Asas para o Futuro tem como principais diretrizes a transversalidade de gênero, raça e etnia nas políticas públicas; a promoção da garantia da igualdade de direitos e da autonomia econômica das mulheres jovens; o combate à feminização da pobreza; a promoção da desnaturalização da divisão sexual do trabalho; e estratégias de participação e permanência das mulheres jovens por meio da promoção da corresponsabilização social e de gênero pela provisão de cuidados, consideradas as desigualdades interseccionais.

Dentre os objetivos da iniciativa estão ampliar o acesso das mulheres jovens a postos de trabalho qualificados com baixa participação feminina; ampliar a participação feminina em cursos de qualificação profissional em setores estratégicos do desenvolvimento econômico; contribuir para a redução da pobreza e da desigualdade de gênero, racial e social, com capacitação para geração de emprego e renda; diversificar a presença de mulheres nas ocupações do mundo do trabalho; e combater o desemprego feminino entre as mulheres jovens.

Da Redação do Elas por Elas, com informações do MMulheres 

 

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Last Update: 18/08/2025