Faltando pouco mais de um ano para as eleições presidenciais, é notória a incapacidade do governo Lula levar adiante políticas realmente populares e, por outro lado, está claro que a resistência da burguesia, dentro e fora do Congresso Nacional, vai estrangular qualquer medida à esquerda que o governo federal busque tomar.

Sob ameaça constante da burguesia, a política de Lula é chegar a um acordo. É por isso que Fernando Haddad está, todos os dias da semana, na televisão explicando alguma medida de arrocho da população ou de favorecimento dos banqueiros. É um Robin Hood às avessas. 

Diante disso, as pessoas estão percebendo que a situação do governo federal é dramática e isso tem se agravado ainda mais diante das medidas do Sr. Gabriel Galípolo, que aumentou a taxa de juros com a finalidade de salvar os banqueiros e estrangular a população pobre. 

O governo vem cedendo às investidas do imperialismo, desde a censura instaurada pelo Supremo Tribunal Federal e seus processos de exceção às medidas econômicas exigidas pelo imperialismo, como a alta de juros, na expectativa de que, quando quiser fazer algo popular, tenha acordo para tanto.

Fato é que o Congresso Nacional já se manifestou expressamente que não irá atender nenhuma das medidas que o governo Lula proponha ou venha a propor. É uma medida para evitar a campanha eleitoral de Lula para 2026.

O governo federal levou adiante uma série de políticas impopulares, acreditando na autoridade política de Lula para encampar essas medidas. É uma fórmula que funcionou quando tudo estava relativamente parado, o que não é o caso agora, onde a polarização do País é gigantesca e a crise do imperialismo, ainda maior, aumentando dramaticamente a necessidade da pirataria dos países atrasados, em um nível que não pode ser feito pelo líder petista.

Por outro lado, já está claro que tirar Jair Bolsonaro do páreo eleitoral, por meio do tapetão do STF, não vai favorecer diretamente Lula, mas o plano, como já foi divulgado pela imprensa capitalista é trazer de volta os vampiros da política nacional capazes de vender todo o País, gente da estirpe de Fernando Henrique Cardoso.

Ainda existe tempo para mobilização popular, de colocar nas ruas as reivindicações do povo e suas organizações e forçar o governo a adotar um programa popular, em especial a questão palestina, cuja política do governo federal é um desastre total. O problema é que grande parte do potencial de mobilização está nas mãos do próprio PT, por seus sindicatos, CUT e organizações populares.

A burguesia está tramando as próximas eleições, e o plano é eleger um candidato sem qualquer apoio popular, eleger um candidato sem voto, para que possa terminar de devastar o país. E a esquerda não pode depositar as fichas em um processo controlado por Alexandre de Moraes e os demais biônicos do judiciário nacional. As eleições não irão resolver problema algum. 

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Last Update: 22/06/2025