Iniciativa tem como principal objetivo ofertar ações de orientação e capacitação a mulheres em situação de vulnerabilidade ou de risco social

O governo Lula segue comprometido em construir ferramentas e programas sociais que promovam a mobilidade social e econômica das mulheres de baixa renda. Para isso, o  Ministério da Fazenda, assinou, em 22 de maio, acordos de cooperação técnica (ACT) em parceria com o Instituto Federal de Sergipe, a Universidade Mackenzie, de São Paulo, e a Universidade Estadual de Feira de Santana, na Bahia, referentes ao Programa Mulher Cidadã – Cidadania Fiscal.

O Programa objetiva promover a autonomia financeira e a inclusão social de mulheres de baixa renda, com foco especial naquelas em situação de vulnerabilidade. Por meio do programa, são promovidas ações de orientação e capacitação que ajudam as mulheres a saírem da informalidade e conquistarem bem-estar e segurança social.

O programa foi inspirado na experiência da Receita Federal com a criação dos Núcleos de Apoio Contábil, Jurídico e Fiscal (NAFs), instalados em instituições de ensino de todo o país para oferecer serviços contábeis e fiscais gratuitos a cidadãos e pequenas empresas.

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De acordo com o MFaz, as três instituições apoiadoras do Programa Mulher Cidadã já contam com seus NAFs, que serão responsáveis pelas orientações e capacitações agora focadas no público feminino de baixa renda.

“Cerca de 70% das famílias na camada mais pobre da população são chefiadas por mulheres, que lutam para sustentar suas famílias. Essa realidade é o que justifica o recorte de gênero que adotamos para criar o Programa Mulher Cidadã”, explicou Fernanda Santiago, assessora especial do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e presidente do comitê do Programa.

O secretário-executivo do MF, Dario Durigan, destaca que  o programa surgiu no contexto dos esforços do Ministério como parte da estratégia de combate às desigualdades sociais. “O projeto da Reforma Tributária, que enviamos ao Congresso Nacional, é o expoente dessa agenda e vamos acompanhar para garantir que seja aprovado este ano. Hoje, cobramos tributo de quem é vulnerável, de quem tem mais dificuldade para ganhar a vida, e não estamos cobrando tributo de quem tem fundos em paraísos fiscais, o que parece bem injusto”, afirmou o secretário, lembrando outras iniciativas do governo federal em apoio à população de baixa renda, como o Cadastro Único para Programas Sociais.

Fernanda Santiago ressaltou que o Programa Mulher Cidadã busca conscientizar a população a respeito dessas iniciativas governamentais que impactam suas vidas: “Falar de cidadania fiscal é levar ao indivíduo a consciência de que temos um Estado fiscal, e pagamos por esse Estado fiscal. Quanto pagamos? Quem paga? Esse conhecimento é capaz de levar as mulheres a uma maior participação no debate político e na compreensão do que está acontecendo.”

O projeto conta ainda com parcerias já firmadas com o Sebrae e com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e está em negociação – com o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste.

Responsável pelo apoio ao conteúdo do programa, o Sebrae tem contribuído para consolidar a abordagem de modo a atender mulheres em diferentes níveis de vulnerabilidade. “Algumas já começaram a se formalizar, há mulheres que precisam só de uma contabilidade básica, outras que precisam regularizar seus débitos. A gente quer atender à ampla multiplicidade de mulheres que existem. Vamos falar de noções de direito tributário, planejamento tributário, finanças básicas e do Regularize (portal digital de serviços da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional)”, adiantou Fernanda.

Conscientização sobre jogos de apostas

Ainda de acordo com o MFaz, os jogos de apostas também serão tema abordado no programa. Com o apoio da Secretaria de Prêmios e Apostas, será desenvolvida uma linha de conscientização sobre jogo responsável. O comitê do programa pretende, até o final do ano, lançar manuais impressos com as principais orientações para a cidadania fiscal e anunciar o Prêmio Mulher Cidadã, que reconhecerá os resultados obtidos pelas instituições parceiras.

Da Redação do Elas por Elas, com informações do Ministério da Fazenda 

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Last Update: 03/06/2025