O governo Lula estuda ações imediatas para conter o aumento do preço dos alimentos, com a inflação. Em prévia nesta segunda (20), o presidente já havia se comprometido, junto aos ministros a entregar “comida barata na mesa do trabalhador”.
“É uma tarefa nossa garantir que o alimento chegue na mesa do povo brasileiro, em condições compatíveis com o salário que ele ganha”, foi um dos motes do discurso do presidente na reunião ministerial realizada nesta segunda.
Hoje, o presidente marcou reuniões com os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e da Fazenda, Fernando Haddad, para analisar de que forma o governo poderá conter a alta da inflação.
Entre as linhas que devem ser adotadas, Lula pretende continuar os diálogos com as redes de supermercados. Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o setor deu sugestões ao governo, ainda no final do ano passado, que estão sendo estudadas para implementação.
A alta dos valores dos alimentos foi atribuída a diversos fatores em conjunto, como a desvalorização cambial, o aumento da demanda internacional e os eventos climáticos extremos, além da economia aquecida, que favorece a inflação.
A análise foi compartilhada por Rui Costa: “Se quem está vendendo sabe que a pessoa está com um salário maior, o vendedor vai testando para ver se o consumidor se dispõe a pagar um preço maior. Se o consumidor não procurar muito, isso tende a puxar uma elevação de preço”, afirmou.
No ano passado, nos dados do IBGE de encerramento de ano, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 registrou que os alimentos e bebidas foram responsáveis por um terço da alta da inflação. O IPCA avançou 4,83% de janeiro a dezembro. Só no grupos de alimentos o aumento foi de mais de 1,6 ponto percentual. A alimentação em domicílio teve um aumento de 8,23%.