O Ministério dos Transportes, o terceiro mais afetado pelo congelamento de recursos no Orçamento este ano, prepara uma revisão geral em seu cronograma de obras.
Segundo o secretário-executivo George Santoro, o bloqueio de R$ 1,5 bilhão, equivalente a quase 10% dos valores para investimentos do ministério, visa evitar a paralisação das obras em andamento.
A realocação de recursos será uma das estratégias, movendo verbas de projetos em áreas chuvosas para regiões mais secas, o que pode incluir o adiamento de iniciativas como a construção de uma ponte entre Brasil e Bolívia.
Santoro destacou que a execução dos projetos é lenta, o que permite uma reorganização sem grandes prejuízos ao cronograma geral.
Além do Ministério dos Transportes, outros setores foram afetados pelo bloqueio de R$ 15 bilhões no Orçamento, incluindo Saúde, Cidades, Educação e as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Cada ministério terá a tarefa de decidir quais projetos e atividades sofrerão mais com as restrições orçamentárias.
No Ministério das Cidades, o corte de R$ 2,1 bilhões ainda está sendo avaliado para determinar quais áreas serão mais prejudicadas, com especial atenção para o programa Minha Casa Minha Vida. Maurício Muniz, secretário da Casa Civil responsável pelo PAC, assegurou que, apesar do corte de R$ 4,5 bilhões, não haverá paralisações ou atrasos em obras e licitações planejadas, mantendo R$ 16 bilhões disponíveis para empenho neste ano.