A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra o pedido de revogação da prisão preventiva do general Henrique Almeida Braga Netto.
O militar foi preso no último dia 14. Ele é investigado por suspeita de tentativa de obstrução da Justiça nas apurações sobre o plano golpista que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, no parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), destacou que “não há fatos novos que modifiquem o quadro fático probatório” e justificou a continuidade da prisão preventiva devido à gravidade das suspeitas e ao risco de interferência nas investigações.
A defesa de Braga Netto, representada pelo advogado José Luís Oliveira Lima, argumentou que “o general não praticou crime algum” e descartou a possibilidade de um acordo de delação. No entanto, a PGR já havia enfatizado que a prisão preventiva era necessária para garantir a integridade das apurações.
De acordo com a Polícia Federal, a prisão de Braga Netto foi solicitada por entender que ele representava risco à ordem pública e poderia influenciar no andamento das investigações. Gonet reforçou que o militar continua sendo uma ameaça à aplicação da lei penal.
Um dos pontos centrais da investigação é o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), que afirmou que Braga Netto tentou influenciá-lo a não colaborar com as apurações. Essas declarações foram consideradas fundamentais para a solicitação da prisão preventiva.
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