Lula, presidente do Brasil. Foto: reprodução

Nesta quinta-feira (29), o governo Lula divulgou o superávit primário de R$ 17,782 bilhões do chamado Governo Central. O termo técnico é usado para somar as contas do Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central. De acordo com a Agência Brasil, o valor, que é 45,5% superior ao registrado no mesmo período de 2024 (R$ 11,585 bilhões), superou as expectativas do mercado financeiro, que projetava um resultado positivo de R$ 12,2 bilhões, segundo a pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda.

No entanto, a escolha por um termo técnico na manchete de veículos liberais como Veja, Valor Econômico e CNN Brasil, ainda que usado corretamente, confundiu leitores e incomodou o público nas redes sociais. Os usuários entenderam que os jornais tentaram omitir os méritos de Lula e Fernando Haddad, ministro da Fazenda, no resultado positivo.

“O Governo Central é esse homem aqui”, escreveu um perfil ao compartilhar a publicação do Valor com uma foto do presidente. “Quando é superávit é Governo Central, mas quando é déficit vira ‘governo Lula’”, protestou outro.


Superávit primário

Com o desempenho de abril, o acumulado do ano atingiu R$ 72,359 bilhões em superávit primário, o segundo melhor resultado da série histórica iniciada em 1997, ficando atrás apenas de 2022.

O número representa mais que o dobro do registrado nos primeiros quatro meses de 2024 (R$ 31,756 bilhões). O superávit primário, que exclui os juros da dívida pública, mostra a diferença entre receitas e despesas do governo.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 e o novo arcabouço fiscal estabelecem meta de déficit zero, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB. No limite inferior, isso permitiria um déficit de até R$ 31 bilhões no ano. O atual desempenho, portanto, coloca o governo em trajetória confortável para cumprir as metas fiscais.

Veja as críticas ao termo Governo Central:

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Last Update: 29/05/2025