Os governadores de direita Romeu Zema, Ratinho Júnior, Tarcísio de Freitas e Ronaldo Caiado. Foto: Reprodução

Com Jair Bolsonaro (PL) inelegível até 2030, governadores de direita que almejam disputar a presidência em 2026 intensificam articulações para ganhar protagonismo e emparedar o ex-presidente, conforme informações do Globo.

Os governadores Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Romeu Zema (Novo-MG), Eduardo Leite (PSDB-RS) e Ratinho Junior (PSD-PR) têm trabalhado para formar uma frente alternativa à liderança de Bolsonaro, que continua insistindo em sua candidatura à presidência contra o presidente Lula (PT).

Nos bastidores, esse movimento é visto como uma tentativa de pressionar Bolsonaro a reconhecer a necessidade de novas lideranças e ceder espaço a outros nomes do campo conservador. Apesar de ainda falarem em candidaturas separadas no primeiro turno, os quatro governadores demonstram disposição para unir forças em um possível segundo turno contra Lula.

De acordo com aliados, o recado enviado é claro: mesmo sem uma “autorização” formal, os governadores estão prontos para entrar no jogo político.

Na semana passada, Zema, Caiado e Ratinho estiveram juntos em eventos ligados ao agronegócio em Uberaba (MG) e Ribeirão Preto (SP), cidades onde Bolsonaro teve destaque nas eleições de 2022 ao vencer Lula.

Bolsonaro contraria discurso e apoia candidatos que usam fundo eleitoral
Jair Bolsonaro (PL): o movimento dos governadores é visto como uma tentativa de pressionar o ex-presidente a reconhecer a necessidade de novas lideranças e ceder espaço a outros nomes do campo conservador. Foto: Reprodução

Divisão de candidaturas

Embora alguns dos governadores, como Caiado, acreditem que a estratégia ideal seria lançar candidaturas separadas no primeiro turno, com uma união posterior contra Lula no segundo, a ideia de um campo mais unificado ganha força.

“A manutenção de várias candidaturas é mais estratégica, porque todos nós estaremos trabalhando”, disse Caiado.

Recentemente, o partido de Caiado, o União Brasil, firmou uma federação com o PP de Ciro Nogueira. Líderes dessa federação confirmam que Caiado é pré-candidato, mas destacam que a viabilidade de sua candidatura dependerá do desempenho nas próximas pesquisas de intenção de voto. Para ser considerado viável, ele precisaria alcançar pelo menos 10% ainda este ano.

Nos bastidores, algumas lideranças da federação reconhecem que as chances de Caiado são baixas, e o foco agora é garantir que a federação se alinhe a um candidato com mais potencial para derrotar Lula.

Tarcísio de Freitas

Além de Bolsonaro, o nome mais mencionado como forte o suficiente para enfrentar Lula é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Ao menos cinco líderes da federação mencionaram Tarcísio como o candidato do consenso.

Para integrantes da federação, Tarcísio tem mais aceitação entre os parlamentares do que Bolsonaro, principalmente porque é bem visto por lideranças de centro, enquanto o ex-presidente ainda enfrenta rejeição devido ao radicalismo de seus discursos.

O líder do PP na Câmara, Doutor Luizinho (RJ), afirmou que a federação com o União Brasil precisa se posicionar ao lado de um candidato com reais chances de vitória, visando fortalecer também as candidaturas proporcionais de deputados e senadores.

“Nosso objetivo é ser grande no parlamento. Se estivermos ao lado de uma candidatura inviável, podemos prejudicar os deputados e senadores”, explicou Luizinho.

Já o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), fora da federação, defende a construção de uma alternativa que represente um novo projeto para o país:

“É dever da minha geração apresentar um projeto de Brasil para o futuro. Temos grandes nomes no cenário eleitoral e precisamos construir alianças em torno de uma transformação”.

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Last Update: 06/05/2025