
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), articulou uma aliança com a União Brasil para lançar Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj, como candidato do campo de direita ao governo estadual em 2026. A estratégia prevê a ida de Thiago Pampolha (MDB), o atual vice-governador, para o Tribunal de Contas do Estado, abrindo caminho para que ele assuma o Palácio Guanabara já no início do ano que vem.
Embora o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha aceitado o nome de Bacellar, ele condicionou seu apoio à indicação de um aliado do PL como vice na chapa. Um dos nomes em discussão é o do empresário Renato Araújo, de Angra dos Reis.
No entanto, Castro avaliou nos bastidores que essa exigência não poderá ser atendida, argumentando que o PL já tem asseguradas as duas vagas ao Senado, uma para o senador Flávio Bolsonaro, e a outra, possivelmente, para o próprio governado.

A movimentação de Castro tem gerado tensão interna no PL. Enquanto facções bolsonaristas questionam a ampliação de espaço político da União Brasil, o governador mantém o discurso de que Bacellar é o nome que melhor garante continuidade de seu governo, especialmente em áreas como segurança pública.
Ele também não descarta a possibilidade de disputar o Senado em 2026. Ele aguarda pesquisas entre fevereiro e março para decidir se renuncia ao governo (até abril) e concorre à vaga, ou permanece no Palácio Guanabara até o fim do mandato. Nesse cenário, Bacellar assumiria o cargo formalmente, ganhando visibilidade política e o controle da máquina estadual para enfrentar adversários como o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD).