O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), disse nesta quarta-feira 5 à Polícia Federal que não presenciou nenhuma conversa entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto.
Mello prestou depoimento à PF após dizer, em uma entrevista, que Valdemar e Bolsonaro “conversam muito”. A dupla foi impedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de manter contato.
Segundo pessoas próximas ao governador, em clima de tranquilidade, o catarinense alegou que confundiu o tempo verbal e, na realidade, queria dizer que os dois “conversavam muito”, antes do impedimento de Moraes.
“O nosso presidente Valdemar conversa muito com o Bolsonaro, que é o presidente de honra. Espero que daqui a pouquinho eles possam conversar na mesma sala para se ajudar ainda mais”, disse na entrevista veiculada em janeiro.
Logo em seguida, o governador afirmou que os dois correligionários ficam a “mais de 200 metros” de distância quando estão em Brasília.
Bolsonaro e Valdemar estão proibidos de conversar desde fevereiro do ano passado, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Tempus Veritatis, voltada à investigação da trama golpista de 2022.
Os dois também constam da lista de indiciados pela PF no caso. Cabe à Procuradoria-Geral da República decidir se oferece uma denúncia, arquiva a apuração ou solicita mais diligências.