Nesta terça-feira (18), a Alphabet Inc., empresa que é dona da Google LLC (esta, por sua vez, dona do YouTube), anunciou que planeja adquirir a Wiz Inc., uma empresa israelense de “segurança cibernética”.
Oficialmente uma empresa de “segurança de computação em nuvem”, um subdomínio de segurança de computador, segurança de rede e, mais amplamente, segurança de informação, a Wiz Inc. atua analisando a infraestrutura de computação hospedada na Amazon Web Services, Microsoft Azure, Google Cloud Platform.
Essa empresa, contudo, foi criada por espiões israelenses, especificamente quatro agentes da Unite 8200, uma unidade da Aman, inteligência militar israelense. Conforme noticiado pelo portal de notícias The Cradle, “a maioria de sua equipe de engenharia está sediada em Telavive, um grande centro de talentos em segurança cibernética, principalmente vinculados a ex-alunos da Unidade 8200”, acrescentando que “mais de 1.000 empresas [israelenses de segurança cibernética] foram fundadas por ex-alunos da Unidade 8200”, conforme levantamento feito pela revista Forbes.
A Unidade 8200 “desempenhou um papel crucial no planejamento e execução dos ataques terroristas de pagers de Israel no Líbano no ano passado” conforme noticiado pelo The Cradle, que acrescenta que “fontes de segurança ocidentais revelaram que a unidade estava envolvida na incorporação de explosivos dentro dos pagers encomendados pelo Hesbolá, com a operação supostamente levando mais de um ano para ser planejada”.
O portal de notícias também informa que a Unidade 8200 está desenvolvendo uma inteligência artificial para “prevenir ataques a tiros, posso rastrear ativistas de direitos humanos, monitorar construções palestinas […] para saber o que cada pessoa na Cisjordânia está fazendo”, conforme relatado por fonte anônima ao jornal The Guardian.
Conforme o The Cradle, eventual aquisição da Wiz pela Google seria feita de forma que “a Wiz manterá sua marca e operará independentemente do Google”, “marcando um dos maiores influxos de ex-oficiais de inteligência israelenses em uma empresa de tecnologia dos EUA”.
Destaca-se que a Google é dona do YouTube, que adota intensa censura contra todos os que fazem vídeos denunciando “Israel” e o sionismo, política esta que resultou na desmonetização, por exemplo, da Causa Operária TV e canais parceiros, assim como a remoção de inúmeros vídeos em que foi feita a defesa da luta do povo palestino e a denúncia do genocídio perpetrado pelo sionismo.
