Cinco dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) anunciaram que irão trabalhar durante o recesso, período que vai do dia 20 de dezembro de 2024 até 6 de janeiro do próximo ano.
Dentre eles não poderia faltar o ministro Alexandre de Morais, que é apoiado pela esquerda pequeno burguesa nacional.
O ministro estará acompanhado de André Mendonça, Gilmar Mendes e Dias Toffoli, além de Cristiano Zanin e Flávio Dino, que trabalharão em processos específicos.
Além dos ministros, outra companhia que terá Alexandre de Morais durante o recesso, será a do procurador geral da república (PGR), Paulo Gonet Branco.
O procurador terá em mãos o inquérito da denúncia ou arquivamento do suposto golpe de estado, que seria levado adiante pelos bolsonaristas. O inquérito já indiciou 40 pessoas, nele consta o ex-presidente Jair Bolsonaro e já levou à prisão o vice de seu mandato, o general Walter Braga Neto, detido desde o último dia 13.
A imprensa capitalista nacional noticiou o fato com grande otimismo, argumentando que na presença do procurador e do ministro durante o recesso, irá agilizar o julgamento do processo, exaltando ainda que além do trabalho nesse período, o fato de Braga Neto estar preso, faz com que o processo ande ainda mais rápido.
No entanto, a real situação a respeito desse contexto, será a propaganda demagógica que o STF e a PGR querem fazer a respeito do julgamento deste processo, se aproveitando de todo apoio da imprensa burguesa e da esquerda nacional.
Isso servirá para elevar ainda mais essas figuras nefastas da política brasileira atual como verdadeiros herois, algo que não condiz com a realidade.
Esse fato se relaciona com outro momento recente da nossa história política, que é o período da Lava-jato, onde esses mesmos órgãos institucionais da burguesia e muitos dos mesmos personagens, levaram adiante a perseguição ao PT, resultando na retirada da presidenta Dilma do poder e da prisão do atual presidente Lula.
Neste momento, os ministros do STF e o procurador geral da república, escancaram a perseguição judicial ao bolsonarismo, que não acabará com a extrema direita politicamente, muito pelo contrário, esta sairá fortalecida de todo esse processo.
A luta contra o bolsonarismo tem que ser feita no terreno político e não judicial, quem sairá como vilão nessa perseguição falida será o governo já muito enfraquecido do presidente Lula.