Nesta segunda-feira (2), o jornal O Globo voltou a jogar mais uma isca para os setores ditos democráticos e de esquerda no Brasil, se utilizando do episódio de 8 de janeiro para tentar emplacar a mudança no Projeto de Lei, o artigo 19 do Marco Civil da Internet, que está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
Conforme o portal de esquerda Brasil 247, “a cobertura do jornal O Globo sobre as investigações da Polícia Federal a respeito dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro evidencia uma campanha preocupante: usar um episódio de insurreição frustrada para atacar o principal pilar da liberdade de expressão na internet”.
O artigo publicado pelo meio de comunicação intitulado: “Inquérito da trama golpista aponta que investigados exploram lacunas na regulação das redes para espalhar fake news” – faz parte da campanha de órgão da burguesia para tentar cercear ainda mais a internet no Brasil e para isso usam o bolsonarismo como espantalho.
Com o amplo acesso das massas nas redes e plataformas de comunicação, empresas como o Globo, por exemplo, tem caído no descrédito e sua hegemonia de poder no país tem diminuído significativamente. Por outro lado há dezenas e até centenas de canais em plataformas como o YouTube, colocam em xeque seu discurso capacho e serviçal ao imperialismo e contra os interesses do povo brasileiro.
Para a empresa que apoiou a Ditadura Militar (1964-1985), trabalhou intensamente para a derrubada de presidenta Dilma Rousseff e não descansou até a prisão de Lula, chegando a ajudar de forma intensa a colocação de Bolsonaro no poder, a internet e as redes sociais são uma verdadeira ameaça. Portanto fica claro todo o empenho dessa imprensa golpista em participar da pressão do imperialismo para aumentar a censura e atacar a liberdade de expressão no Brasil.
“Ao pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para considerar o Artigo 19 inconstitucional, O Globo não apenas defende uma posição que restringe a liberdade de expressão, mas também busca recuperar seu monopólio informativo, ameaçado por mídias independentes e novas vozes emergentes nas redes”, aponta o Brasil 247.
Apesar do forte lobby que está sendo feito pelo Globo e outros meios comunicação “brasileiros”, é preciso deixar claro que está uma política que vem diretamente do imperialismo, mesmo beneficiando essa imprensa canalha no País os objetivos desse setor da burguesia mundial é bem mais amplo e tende a uma censura generalizada.
Essa política do imperialismo que está sendo orquestrada por vários anos é essencial para que esses criminosos possam esconder tudo que o que fazem e causam as populações e países oprimidos do mundo inteiro. O fenômeno ganhou expressão mais concreta no conflito em curso na Faixa de Gaza nesse momento, em que o imperialismo e seu Estado fictício no Oriente Médio, “Israel”, estão promovendo um verdadeiro genocídio e não estão conseguindo controlar totalmente o acesso do planeta inteiro a esse crime que está assistindo mundialmente.
Censurando a internet, bloqueando as pessoas de falarem nas redes sociais, perseguindo veículos de informação de esquerda como o 247, Opera Mundi, Causa Operária TV e outros, deixando apenas que imprensa monopolista como a Globo faça a propaganda do imperialismo para os brasileiros. A medida é fundamental para a ditadura mundial esconder as atrocidades que tem provocado uma explosão de manifestações em apoio à Palestina em todo o mundo.
O que propõe a reforma no Marco Civil da Internet é que as plataformas e redes se responsabilizem pelo conteúdo dos usuários, o que é óbvio que não acontecerá. Para os monopólios digitais, é muito mais fácil e com bem menos prejuízo financeiro remover tudo e todo conteúdo que acharem que pode lhes prejudicar sem notificação judicial prévia.
A preocupação do Brasil 247 é mais do que justificada com essa aberração jurídica, que pode levar adiante o STF contra a liberdade de expressão e constituição brasileira, afinal o órgão de informação é um dos principais alvos dessa política de censura. Como sempre foi alertado por este Diário, não existe censura do bem. Pau que dá em Chico, também dá em Francisco.
