A presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), definiu como hipócritas os governadores do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul e de Goiás, que deram chilique por conta dos vetos do presidente Lula a partes do Projeto de Lei que cria o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), sancionada na terça-feira (16). Por meio das redes sociais, nesta quinta-feira (16), Gleisi não poupou críticas ao cinismo dos mandatários de oposição.
“Rio, Minas, Rio Grande do Sul e Goiás foram os quatro estados que mais se beneficiaram em 2024 do pagamento, pela União, de dívidas que não conseguiram pagar com bancos brasileiros e multilaterais. Foram mais de R$ 11 bilhões na conta do Tesouro Nacional”, rebateu a presidenta do PT, no X.
“É muita hipocrisia dos governadores de oposição destes quatro estados atacarem o governo Lula, que sancionou uma ampla renegociação das dívidas dos estados com a União. Deviam agradecer e reconhecer quem ajuda a população, mas preferem fazer demagogia irresponsável”, condenou a petista.
Rio, Minas, Rio Grande do Sul e Goiás foram os quatro estados que mais se beneficiaram em 2024 do pagamento, pela União, de dívidas que não conseguiram pagar com bancos brasileiros e multilaterais. Foram mais de R$ 11 bilhões na conta do Tesouro Nacional. É muita hipocrisia dos…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) January 16, 2025
Bolsonarista raiz
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, bateu o pé e disse que o estado administrado por ele não entra no Propag, caso os vetos não sejam derrubados. O bolsonarista ainda detonou a Lei Complementar (LC) 212/25, que cria o programa de renegociação de dívidas.
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Na réplica a Zema, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lembrou que o próprio governador se reuniu com ele para discutir o Propag. Em suas redes sociais, Haddad tratou de expor as contradições do bolsonarista, que se diz contra privilégios, mas “sancionou o aumento do próprio salário em 298%, durante o Regime de Recuperação Fiscal”, nas palavras do ministro.
“O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, usou esta rede para atacar o governo federal, mas, como é de praxe no bolsonarismo, esconde a verdade. Primeiro: esqueceu de mencionar que se reuniu comigo e apresentou uma proposta para a renegociação das dívidas bem menor que a aprovada e sancionada agora”, apontou Haddad.
Em julho do ano passado, Zema garantiu o aumento salarial de 300% para si mesmo depois de incluir uma exceção às regras do Plano de Recuperação Fiscal (PRF) de Minas Gerais.
Da Redação