Em recente viagem ao Rio Grande do Sul, Jair Bolsonaro (PL) voltou a hostilizar os poderes da República, mesmo envolvido em inúmeros processos na Justiça. Chegou a desfilar ao lado do prefeito de Farroupilha, Fabiano Feltrin (PL), que defendeu que Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), fosse executado como na época da Revolução Francesa.

No município de Caxias do Sul, o extremista de direita recorreu ao expediente habitual da mentira e acusou o governo Lula de ter enfraquecido sua segurança pessoal. Em resposta, a presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou duramente, nesta sexta-feira (26), as condutas de Bolsonaro.

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“O cinismo do inelegível não tem limites. Faz discurso ao lado de gente que pede execução para ministro do STF pra depois dizer que não fala do Supremo. Tá bom. Defende anistia para os terroristas do 8 de janeiro, como se não fosse para ele, o comandante do golpe. Sei”, apontou a parlamentar, por meio da rede social “X”.

Aos bolsonaristas de Caxias, na quinta-feira (25), o capitão se vitimizou, argumentado que o presidente Lula havia reduzido sua segurança, que ele corria risco de ser “executado”, nas palavras dele, e mentiu sobre ter direito a carros blindados. “Quando voltei para o Brasil, pela Presidência, tinha direito a dois carros. Lula pessoalmente me tirou eles. Tenho direito a oito funcionários. Os quatro que trabalhavam na minha segurança, por medidas cautelares, me tiraram”, disse.

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Foi a Justiça quem privou Bolsonaro dos quatro seguranças (Max Guilherme, Osmar Crivelatti, Sérgio Cordeiro e Marcelo Câmara), pois eles são investigados nos inquéritos da fraude no cartão de vacina, da tentativa de golpe de Estado e do roubo das joias sauditas. Sobre os carros blindados que o capitão queria, a legislação brasileira não confere esse direito a nenhum ex-presidente.

Mentiroso incurável

“É um mentiroso incurável, que espalha acusações irresponsáveis e quer posar de vítima. Pensa que o Brasil esqueceu centenas de milhares de vítimas verdadeiras e trágicas dos crimes que cometeu na pandemia. Vítimas da destruição da economia e das políticas públicas em seu desgoverno, do ódio e das armas mortais que ele forneceu ao crime organizado. Bolsonaro, você é mesmo o Pai da Mentira”, disparou a presidenta do PT.

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) também respondeu às estultices do extremista de direita. “O ex-presidente Jair Bolsonaro tem livre direito para apontar qualquer nome para sua segurança, conforme previsto na lei”, rebateu, em nota, nesta sexta (26).

Execução

Também no “X”, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) fez menção ao inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado a que Bolsonaro e seus aliados respondem. Farias lembrou que os golpistas haviam estipulado, inclusive, a data para prender Moraes. A publicação do parlamentar está acompanhada de um vídeo no qual o prefeito Feltrin fala em “homenagear” o ministro do STF ao abrir a pescoceira de uma guilhotina.

“Isso é muito grave! Não é brincadeira, não! […] Se o golpe tivesse dado certo, essa turma não ia ter qualquer limite! Esse vídeo é mais uma prova do quanto são criminosos”, ressalta o deputado.

Da Redação, com Secom

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Última Atualização: 26/07/2024