A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, celebrou a decisão do Exército de vetar um evento organizado por grupos de extrema-direita no Clube dos Sargentos e Tenentes do Exército, em Curitiba. O encontro, programado para o dia 24, buscava promover a criação de um partido político intitulado como “o único genuinamente de direita do Brasil” e reuniria lideranças bolsonaristas.
Para Gleisi, a decisão reforça os princípios republicanos e a neutralidade das Forças Armadas. “O veto segue o estatuto do Clube, mas também serve como exemplo de republicanismo e lembrete de que nossas forças armadas não devem jamais serem utilizadas como palanque político”, afirmou a parlamentar.
O Exército vetou a realização de um evento bolsonarista que aconteceria no Clube dos Sargentos e Subtenentes de Curitiba, no Paraná, com palestras da direita e extrema direita, tendo como objetivo a criação de um partido radical. O veto segue o estatuto do Clube, mas também serve…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) January 16, 2025
De acordo com o Comando Militar do Sul, o veto foi fundamentado no estatuto do Clube, que proíbe atividades político-partidárias no local. Embora o espaço seja uma associação privada, o imóvel pertence à União e está arrendado sob contrato válido até 2025.
O advogado Levi de Andrade, responsável pelo evento e conhecido por atuar na defesa de bolsonaristas envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, afirmou que o grupo foi notificado na terça-feira (14) sobre a proibição. “Já tínhamos pago a taxa de locação, mas faremos o encontro. Só vamos mudar o endereço”, declarou.
O evento reuniria figuras como José Carlos Bernardi, ex-comentarista da Jovem Pan, investigado por declarações antissemitas em 2021, e Marco Antônio Costa, também ex-comentarista da emissora. Outros participantes incluíam Paulo Souza, humorista do canal Hipócritas, e Romualdo Gama, presidente do CRM-PR, que abordaria a relação entre a medicina e o partido em formação.
O veto foi anunciado um dia após questionamentos do UOL ao Comando Militar do Sul. Em nota, o Exército reafirmou que “atividades político-partidárias são proibidas nas dependências do clube”.
Mesmo com a proibição, os organizadores minimizaram a situação. Bernardi, líder do grupo Conservador, garantiu que o evento ocorrerá. “Temos locais alternativos e tudo está sob controle”, disse ele, sem revelar o novo endereço.
O grupo Conservador se posiciona contra o aborto, a legalização das drogas, o comunismo e a “ideologia de gênero”. Em sua plataforma online, busca adesão de apoiadores para viabilizar seu partido político.
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