O ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foto: Tomzé Fonseca/Estadão Conteúdo

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, detonou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por dizer que concederia um indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro caso fosse eleito em 2026. A petista afirma que ele é um “candidato fantoche”.

“Tarcisio confirma que seu chefe é culpado e que eles não respeitam o Estado de Direito nem a Justiça”, escreveu a ministra no X. Ela ainda comparou a ideia de Tarcísio aos primeiros atos do presidente Lula no terceiro mandato.

No primeiro dia, Lula recriou e fortaleceu o Bolsa Família, restabeleceu as políticas de proteção ao meio ambiente e revogou os decretos de Bolsonaro que liberavam a venda de armas de fogo, a mineração em áreas protegidas e a segregação de crianças com deficiência nas escolas”, prosseguiu.

Para ela, essa “é a diferença entre um presidente que pensa no povo e no país e um candidato fantoche que só pensa em servir aos interesses de seu chefe”.

Nos bastidores, Tarcísio tem ampliado sua exposição como possível candidato ao Planalto em 2026. O movimento atraiu a atenção do Centrão, mas também aumentou as críticas vindas tanto da esquerda quanto de alas bolsonaristas.

Na última semana, Lula afirmou que Tarcísio “não é ninguém sem Bolsonaro”. “O Bolsonaro tem uma força na extrema-direita muito forte. É o Tarcísio. Ele vai fazer o que o Bolsonaro quiser”, disse o petista em entrevista à Rádio Itatiaia.

Além da disputa com o governo federal, Tarcísio enfrenta atritos dentro do bolsonarismo. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu após Valdemar Costa Neto, presidente do PL, admitir que abriria as portas do partido ao governador em caso de candidatura presidencial. O filho do ex-presidente tem ameaçado deixar o partido caso a filiação se concretize.

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Last Update: 01/09/2025