Gleisi critica alta da Selic, mas diz que “não resta muita alternativa” a Galípolo

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, de roupa social azul clara e cabelo solto, segurando papel e falando em microfone na Câmara dos Deputados
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann – Reprodução/Câmara dos Deputados

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, criticou nesta quarta-feira (29) a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa Selic de 12,25% para 13,25% ao ano. Para a deputada federal, a medida “é péssima para o país” e não apresenta eficácia no controle da inflação.

Apesar da decisão unânime do Copom, a petista poupou o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, de críticas diretas. Segundo ela, o economista enfrenta desafios para realinhar as expectativas do mercado e direcionar a instituição.

A parlamentar destacou que o aumento dos juros afeta diretamente a economia brasileira, tornando a dívida pública mais cara, dificultando o acesso ao crédito e prejudicando famílias endividadas. “O novo aumento da taxa básica de juros, já determinado desde dezembro pela direção anterior do Banco Central e anunciado hoje, é péssimo para o país e não encontra qualquer explicação nos fundamentos da economia real”, afirmou.

Além disso, Gleisi questionou a efetividade da política monetária contracionista adotada pelo BC, apontando que nem mesmo os agentes do mercado confiam plenamente na estratégia. Segundo a deputada, o Boletim Focus desta semana projetava um IPCA de 5,5% para 2025, contrariando a expectativa de redução da inflação com o aumento dos juros.

A presidente do PT também destacou que a variação cambial tem maior impacto sobre a inflação do que o crescimento econômico e do emprego: “O comunicado do BC sobre inflação de 2024 comprova a relevância muito maior da taxa de câmbio sobre a variação ligeiramente acima da meta do ano, do que pelo crescimento da economia e do emprego, sempre punidos com a elevação indiscriminada dos juros”.

Desde o anúncio do pacote fiscal do governo, em novembro, o dólar registrou uma escalada significativa, atingindo recordes de valorização em dezembro. A moeda norte-americana só começou a operar em baixa diante da incerteza no cenário econômico global após a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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