A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT) considerou a decisão do Banco Central de aumentar a taxa básica de juros para 12,25% como “irresponsável, insensata e desastrosa” para o país.
“É irresponsável, insensata e desastrosa para o país a decisão do BC de elevar a taxa básica de juros para 12,25%. Não faz sentido nem seria eficaz para evitar alta da inflação, que não é de demanda. Nem para melhorar a situação fiscal, muito pelo contrário. Esse 1 ponto a mais vai custar cerca de R$ 50 bilhões na dívida pública”, explicou a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores.
Em publicação feita no Twitter, Gleisi seguiu: “E não faz sentido para um país que precisa crescer e continuar gerando empregos. O BC está ignorando o esforço e sacrifício do governo em tomar medidas fiscais, que já estão no Congresso, para limitar o crescimento da despesa”.
“Mas é o fecho da trajetória nefasta do bolsonarista Campos Neto no BC, responsável pela criminosa sabotagem à economia do país nos dois primeiros anos do governo Lula. Sufocou a economia e o crédito e não cuidou da especulação com o câmbio, que era sua obrigação combater. Já vai tarde Campos Neto. Espero que seu terrorismo fiscal também seja suplantado daqui pra frente”, concluiu a petista.
É irresponsável, insensata e desastrosa para o país a decisão do BC de elevar a taxa básica de juros para 12,25%. Não faz sentido nem seria eficaz para evitar alta da inflação, que não é de demanda. Nem para melhorar a situação fiscal, muito pelo contrário. Esse 1 ponto a mais vai…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) December 11, 2024
O Banco Central alega que, com essa medida, vai intensificar os esforços para conter a inflação. Essa decisão representa o maior aumento dos juros básicos durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a maior elevação desde fevereiro de 2022, quando houve um incremento de 1,5 ponto percentual. A decisão foi unânime entre os nove diretores do BC.
“Diante de um cenário mais adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, caso o cenário esperado se confirme, ajustes de mesma magnitude nas próximas reuniões”, destacou comunicado da instituição, reforçando que a intensidade do ciclo de alta de juros dependerá da evolução da inflação e do compromisso de alinhá-la à meta.