A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, acionou o Supremo Tribunal Federal contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO). O parlamentar realizou ataques machistas contra a ministra na última semana.
Nas redes sociais, Gayer perguntou ao líder da bancada do PT na Casa, Lindbergh Farias (RJ), se ele aceita que Lula “ofereça” Gleisi, sua namorada, aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Na sua queixa-crime, Gleisi pede que o bolsonarista seja condenado por difamação e injúria e pague uma reparação de 30 mil reais por danos morais. Segundo a defesa da ex-presidenta do PT, o ataque de Gayer “aumenta não somente o clima de violência política, mas a misoginia em ambiente político que deveria prezar pela igualdade em todos os sentidos”.
E a conduta, segundo o documento protocolado no STF, é agravada pelo engajamento do deputado nas redes sociais. “Pode levar a crer que é aceitável socialmente colocar uma figura de autoridade do sexo feminino à mercê de comentários abjetos para expressar uma crítica política, comprometendo a ordem pública e o Estado Democrático de Direito”, diz o texto.
Além de Gleisi, Lindbergh entrou com duas ações na Justiça contra o deputado, uma no STF e outra na Procuradoria Geral da República. O PT, por sua vez, acionou o Conselho de Ética da Câmara para pedir a cassação de Gayer.
