Glauber Braga registra boletim de ocorrência após agressão na Câmara

Os deputados do PSOL Glauber Braga, Sâmia Bomfim e Célia Xakriabá seguem, na noite desta terça-feira (9), para a 5ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal, onde vão registrar boletim de ocorrência e realizar os exames de corpo de delito após terem sido agredidos dentro das dependências da Câmara dos Deputados.

Horas antes, Glauber Braga foi retirado à força da mesa diretora da Câmara dos Deputados, que ele ocupava em protesto contra a cassação que tramita na Casa.

O deputado não tem cargo na mesa e, por isso, teria de ser retirado de lá.

Durante sessão na plenária, mantida apesar da confusão, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB) justificou a medida, dizendo que “os deputados podem muito, mas não podem tudo” – frase que contrasta com a pauta do dia, em que será votado o projeto de lei da Dosimetria.

Se aprovado, o PL defende redução de pena dos condenados pelo 8 de janeiro de forma retroativa, o que caracteriza interferência na decisão do Poder Judiciário.

Em setembro, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à sentença de 27 anos e três meses de prisão, por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes.

Entenda o caso

Glauber é acusado de quebra de decoro parlamentar, em razão de um incidente ocorrido em abril de 2024, no qual o deputado empurrou um militante do Movimento Brasil Livre (MBL), após ser xingado nos corredores da Câmara.

Na defesa, Glauber argumentou que houve “inconstitucionalidades, antirregimentalidades, abusos, nulidades e ilegalidades” ao longo da tramitação no Conselho, além de ter questionado a isenção de Magalhães, a quem acusou de conduzir o processo com parcialidade.

Em protesto contra o avanço da ação, o parlamentar realizou uma greve de fome que durou mais de uma semana. Em entrevista à TV GGN 20 Horas, conduzida pelo jornalista Luís Nassif, Glauber afirmou que o processo é uma retaliação orquestrada pelo ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em resposta às denúncias feitas por ele sobre o chamado “orçamento secreto”.

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