O Jornal GGN lança nesta segunda-feira (3/2) uma campanha de financiamento coletivo com o objetivo de produzir um novo documentário em vídeo sobre os crimes impunes da Lava Jato, organizado pelo canal de jornalismo independente TVGGN, com o apoio do público que luta ao nosso lado na trincheira da democracia, do Estado Democrático de Direito e do combate ao lawfare.
A ideia central é explorar os últimos fatos de um capítulo que pode ser decisivo na história da Lava Jato, com o condão de levar ao banco dos réus os juízes, procuradores e outros agentes que deturparam as leis e o papel das instituições para satisfazer seus objetivos políticos e financeiros.
A história do que o juiz federal Eduardo Appio encontrou ao abrir a caixa-preta da Lava Jato em sua passagem pela 13ª Vara Federal de Curitiba merece ser contada em som, imagens e riqueza de detalhes, furando a letargia, cinismo e manipulação com que grande parte da mídia tradicional e do Judiciário tratam o assunto.
É tempo de revirar os esqueletos deixados nos armários de Curitiba por Sergio Moro, Deltan Dallagnol, Gabriela Hardt e outros tantos lavajatistas cujas condutas questionáveis foram expostas em ações judiciais que tramitam morosamente e ainda aguardam julgamento.
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Parte substancial das extravagâncias foi revelada a partir do trabalho da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que, sob o comando do ministro Luis Felipe Salomão, passou um pente-fino na 13ª Vara e documentou em relatório a descoberta de um escandaloso esquema de “recirculação do dinheiro” (cashback) em favor da Lava Jato.
O esquema consistia em desviar e injetar os recursos bilionários, frutos de acordos de leniência e delação premiada, num fundo criado discretamente por Sergio Moro, longe das vistas de outras autoridades e da própria União.
Até hoje não se sabe ao certo o paradeiro de grande parte da fortuna que por ali passou, dada a “gestão caótica” dos recursos. E isso, nós sabemos, é apenas a ponta do iceberg… Há muito mais a se revelar, denunciar e cobrar para que a justiça seja feita.
É impossível esquecer, por exemplo, que com o dinheiro de uma multa bilionária paga pela Petrobras aos Estados Unidos, a turma da Lava Jato tentou criar uma fundação privada para fazer politicagem. Até mesmo essa postura subserviente aos interesses estrangeiros, violando a nossa soberania nacional, remanesce sem punição.
São muitos os episódios inescrupulosos que deveriam ser exemplarmente punidos, mas que contam com a complacência de magistrados que ainda blindam Moro e companhia. Até quando tudo vai ficar por isso mesmo? Até quando a já extinta República de Curitiba permanecerá “intocável” por um banda da Justiça?
Abrir a caixa-preta da Lava Jato é uma tarefa dura, perigosa e que está longe de ser concluída. O lavajatismo, não se enganem, segue vivo e seus tentáculos ainda alcançam posições de status e poder. Aqueles que tentam desnudar suas falcatruas – nós já vimos acontecer – são severamente punidos.
Mas é para isso que o jornalismo independente existe: contar as histórias que os poderosos querem varrer para debaixo do tapete.
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Com coragem e compromisso com a verdade dos fatos, valores que sempre estão em nosso horizonte, contamos com a ajuda de vocês para levar esse novo capítulo da Lava Jato às telas do maior número possível de brasileiros ávidos por justiça e reparação.
A meta é arrecadar 100.000 reais. À exceção do pagamento de taxa administrativa de 13% ao Catarse, os recursos serão investidos na produção audiovisual, que envolverá despesas com pesquisa, apuração, entrevistas, roteiro, gravação, edição, divulgação, logística, viagens, assessoria jurídica, pós-produção, entre outros serviços e profissionais necessários para entregar um produto final de qualidade. O documentário será lançado ainda em 2025.