A comunicação com os jovens consumidores passa por uma transformação acelerada.

Segundo um estudo da consultoria LOI em parceria com o InstitutoZ, da Trope, as Gerações Z e Alpha exigem das marcas uma mudança de abordagem para criar conexões genuínas.

De acordo com os dados, o Brasil concentra mais de 51 milhões de pessoas da Geração Z.

Esse público movimenta cerca de R$ 662 bilhões por ano em poder de compra, segundo informações de IBGE, FGV e PNAD Contínua de 2025.

Além disso, globalmente, a Gen Z já soma 2,62 bilhões de indivíduos, conforme dados da ONU de 2024.

No caso da Geração Alpha, o total chega a 2 bilhões de pessoas, segundo levantamento da Consumidor Moderno de 2025.

Cultura phygital redefine experiências de consumo

Dentro desse cenário, o conceito de cultura “phygital” ganhou destaque.

A integração entre experiências digitais e físicas tornou-se elemento central para as marcas que desejam gerar senso de pertencimento.

Segundo Felipe Colaneri, cofundador da LOI, entender essas gerações requer abandonar a visão de que os jovens formam um grupo homogêneo.

“As marcas precisam parar de tratar os jovens como um bloco único e entender os múltiplos códigos que constroem sua identidade, do digital ao físico”, afirma.

Influência pulverizada: pequenos criadores ganham espaço

Outro aspecto abordado no estudo é o avanço da creator economy no processo de decisão de compra.

De acordo com o levantamento “Quem Influencia a Geração Z?”, realizado em 2025, 80% dos jovens já consumiram alimentos indicados por influenciadores digitais.

Além disso, 66% participou de eventos culturais por recomendação desses criadores.

O estudo revela ainda que a confiança da Gen Z não está centrada nas grandes celebridades online.

Apenas 7% dos entrevistados confiam mais em influenciadores com grandes audiências.

Por outro lado, 37% dão preferência a perfis com base pequena ou média de seguidores.

Tempo de conexão exige novas estratégias

O estudo também aponta que mais de 50% da Geração Z passa mais de sete horas por dia conectada.

As principais plataformas são Instagram, YouTube e TikTok, segundo levantamento realizado pelo InstitutoZ em parceria com o YOUPIX em 2025.

Com isso, 60% das empresas brasileiras relatam dificuldade para alcançar esse público por meio de canais tradicionais.

Além disso, um terço das empresas sequer possui uma estratégia específica para falar com a Gen Z.

Os dados são da pesquisa “Quais as dificuldades das empresas brasileiras com a Gen Z?”, também de 2025.

Cases de sucesso mostram caminhos para o engajamento

Para Luiz Menezes, fundador da Trope e criador de conteúdo com projetos para marcas como Meta, Disney e Itaú, o segredo está em gerar envolvimento real.

“É preciso que as marcas deixem de tentar impactar a Geração Z e comecem a envolvê-la”, afirma.

Como exemplos práticos, a apresentação destaca cases como Carmed, Netflix e Roblox.

Essas empresas souberam adaptar linguagem, canais e parcerias para estabelecer um diálogo legítimo com as novas gerações.

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Last Update: 17/06/2025