O ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado de militares em evento do Exército. Foto: Fernando Souza/AFP

A cúpula das Forças Armadas têm feito um movimento para proteger os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira no inquérito do golpe. Walter Braga Netto, no entanto, foi excluído da iniciativa e jogado aos leões pelos colegas.

Segundo a coluna de Bela Megale no jornal O Globo, membros da Polícia Federal afirmam que receberam apelos da cúpula por Heleno e Nogueira, mas nenhum em relação a Braga Netto. A interpretação é que o ex-ministro da Casa Civil tem sido responsabilizado por incendiar a cooptar militares.

O relatório da Polícia Federal que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 36 aliados aponta que Braga Netto teve papel central na trama golpista. Segundo a investigação, além de reunião para discutir o assassinato do presidente Lula, ele também esteve envolvido na produção de um manuscrito que faz alusão ao artigo 142 da Constituição Federal.

O general Walter Braga Netto, ex-ministro do governo Bolsonaro. Foto: Isac Nóbrega/PR

O trecho é interpretado erroneamente por bolsonaristas como um meio de implementar um golpe de Estado de maneira legal. O documento trazia tópicos sobre “interrupção do processo de transição”, “mobilização de juristas e formadores de opinião” e “enquadramento jurídico do decreto 142″.

O objetivo final do plano, segundo o documento, era garantir que Lula “não subisse a rampa” do Palácio do Planalto após a vitória nas eleições de 2022.

O material foi apreendido na mesa do coronel Flávio Peregrino, assessor de Braga Netto, durante buscas na sede do PL em Brasília. Em nota, o general alegou que as anotações seriam “material preparatório para demandas da imprensa” e auxiliar pessoas que eventualmente fossem convocadas por uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).

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Last Update: 27/11/2024