Gaza sangra: Israel avança com destruição enquanto EUA pedem “equilíbrio”

A Faixa de Gaza enfrenta um novo capítulo de horror. Desde a noite de ontem (15), as Forças de Defesa de Israel (IDF) intensificaram sua ofensiva militar no território palestino, resultando em dezenas de mortes civis e agravando uma das piores crises humanitárias do século.

Fontes médicas informaram à rede Al Jazeera que mais de 100 pessoas estão mortas ou desaparecidas após bombardeios contra residências nos campos de refugiados de Beit Lahiya e Jabalia, no norte do enclave.

No sul de Gaza, ao leste de Khan Younis, outras sete mortes foram confirmadas após um ataque de drone israelense. A contagem diária de vítimas não para de crescer: só nas últimas 48 horas, mais de 150 palestinos foram mortos.

Desde o início da ofensiva israelense contra o Hamas, o número de mortos já ultrapassa 53 mil, com mais de 119 mil feridos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza. A Assessoria de Imprensa do governo local, no entanto, atualizou esse número para mais de 61.700 mortos, afirmando que milhares seguem desaparecidos sob os escombros — possivelmente mortos.

Netanyahu ameaça, Trump relativiza

A escalada coincide com declarações do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que na última semana condicionou a interrupção dos ataques a um acordo com o Hamas para libertação de reféns e sinalizou que a campanha militar seria intensificada caso isso não ocorresse antes do fim da visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Oriente Médio.

Apesar das cenas devastadoras vindas de Gaza, Trump adotou um discurso dúbio. Ao encerrar sua viagem nesta manhã, afirmou que “muitas pessoas estão morrendo de fome” no enclave e que “é preciso ajudar os dois lados“, mas evitou condenar os bombardeios israelenses. Questionado sobre a possível ampliação da guerra por parte de Israel, limitou-se a dizer: “Acho que muitas coisas boas vão acontecer no próximo mês.

O presidente norte-americano também endossou, ainda que indiretamente, planos discutidos por autoridades israelenses para a ocupação militar total de Gaza e, em um cenário extremo, a expulsão em massa da população palestina do território. Essas declarações não apenas minam qualquer possibilidade imediata de cessar-fogo, como evidenciam o papel central dos EUA no aval geopolítico para a continuidade da ofensiva.

“Massacres sucessivos”, denuncia Hamas

O Hamas afirmou que Israel “continua sua escalada sangrenta contra nosso povo palestino, por meio de massacres sucessivos e bombardeios brutais”.

Vale ressaltar que o bloqueio imposto por Israel já dura três meses, impedindo a entrada de alimentos, água potável, medicamentos e combustível em Gaza, que está à beira do colapso total. A ajuda humanitária, embora prometida por líderes ocidentais, tem sido escassa e frequentemente barrada nos postos de controle israelenses.

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