Gaza está tomada por explosivos israelenses não detonados

A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que a Faixa de Gaza está tomada por artefatos explosivos não detonados, resultado dos bombardeios de “Israel” ao longo dos últimos dois anos, o que aumenta o risco de morte e ferimentos entre civis que tentam retornar às suas casas. Crianças são as principais vítimas em potencial, segundo o organismo internacional.

Julius Van der Walt, chefe do Serviço de Ação contra Minas da ONU (UNMAS) no território palestino ocupado, afirmou nesta quarta-feira (10) que a ofensiva israelense deixou “contaminação explosiva disseminada” em bairros densamente povoados. Em muitas áreas, os moradores são obrigados a circular em meio a escombros que escondem bombas, mísseis e munições não detonadas.

Van der Walt declarou ser “praticamente impossível” evitar o contato com os artefatos nas condições atuais. Ele recomendou que famílias que retornam às casas danificadas tenham máxima cautela e comuniquem imediatamente às autoridades qualquer objeto suspeito ou deslocado.

Desde o início do programa de ação contra minas em Gaza, em outubro de 2023, as equipes da UNMAS identificaram mais de 650 itens explosivos perigosos. A extensão do problema ainda não foi totalmente mapeada.

A ONU estima que mais de 123 mil edificações foram destruídas ou danificadas pelos ataques de “Israel”, gerando imensos campos de entulho contaminados. A presença de bombas e munições não detonadas dificulta tanto o retorno da população como o trabalho de equipes humanitárias e de reconstrução.

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