
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançará, em 4 de setembro, o programa Gás do Povo, nova versão do antigo Vale Gás. O evento será realizado no Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte (MG), considerado o maior conjunto de favelas da cidade. A cerimônia foi marcada a pedido do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
A reformulação do programa prevê a ampliação do número de beneficiários, passando dos atuais 5 milhões para 15,5 milhões de famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). O benefício será pago de forma exclusiva para a compra de gás de cozinha, por meio do aplicativo da Caixa Econômica Federal.
O governo federal estima um custo de R$ 5,1 bilhões em 2026 para a manutenção da iniciativa. O valor será destinado à compra de cerca de 58 milhões de botijões, segundo dados apresentados pela equipe econômica do Planalto.

Entre os destaques, o programa busca evitar que os recursos sejam desviados para outras finalidades, exigindo que o crédito seja utilizado diretamente na aquisição do botijão. A medida também pretende garantir maior segurança alimentar às famílias em situação de vulnerabilidade.
A nova política social será implementada a partir de outubro. Até lá, o governo deve realizar uma campanha nacional de orientação, informando sobre o processo de acesso ao benefício, além de parcerias com redes de distribuição de gás.
O Gás do Povo se soma a outros programas sociais do governo Lula, como o Bolsa Família, em uma estratégia para ampliar a rede de proteção às camadas mais pobres da população. O Planalto também vê na iniciativa uma resposta a pressões sociais diante do aumento no preço do gás de cozinha registrado nos últimos anos.