Gil do Vigor. Foto: Reprodução

O economista e ex-BBB Gil do Vigor, que vive de dinheiro aplicado, e é sempre festejado pelo governo por ser bastante popular, direcionou sua metralhadora contra o ministério da Fazenda para fazer a defesa dos especuladores.

Criticou duramente o novo pacote tributário apresentado pelo ministro Fernando Haddad (PT), que propõe 5% de Imposto de Renda sobre rendimentos de Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) — investimentos até agora isentos.

“Como se não bastasse imposto em cima de imposto, agora vem mais um. Algumas categorias de investimento que antes eram isentas de IR, como LCI e LCA, agora o governo quer tributar”, declarou Gil em vídeo divulgado em suas redes sociais, lamentando o peso extra sobre aplicações antes protegidas.

Segundo levantamento citado pelo economista, a medida deve gerar cerca de R$ 18 bilhões em receita adicional. “Isso é maravilhoso para o governo, claro. Só que o Brasil precisa mesmo de tanta arrecadação assim? Estão desesperados assim por arrecadação? E tem que ser do povo que está pagando?”, questionou ele, destacando o contraste entre as contas públicas e a capacidade de contribuição dos cidadãos.

Gil do Vigor expressou preocupação com o impacto direto no dia a dia dos brasileiros: “Vai te afetar quando for comprar tua feira, tua cesta básica. O bolso vai sentir. Imagina a indignação de alguém que juntou dinheiro o mês inteiro pra investir e, quando vai aplicar, tem que pagar imposto em cima do rendimento”.

O ex-BBB sempre se posicionou como entusiasta da educação financeira e dos investimentos.

Desde que ganhou fama, faz publicidade para corretoras e bancos digitais, além de compartilhar conteúdos sobre investimentos. Gil declara publicamente que investe em renda fixa (como LCI, LCA, CDB) e também em ações, fundos e outros produtos financeiros.

Ainda que reconheça a necessidade de o Estado financiar políticas públicas, o economista defendeu uma gestão fiscal mais equilibrada: “Não estou dizendo que o governo é ineficiente. Sabemos que existem dívidas que precisam ser pagas. Mas eficiência também é saber fazer muito com pouco. É possível fazer uma gestão mais equilibrada”.

O pacote tributário foi apresentado como alternativa à elevação do IOF, que enfrentou forte resistência no Congresso. Agora, o governo busca um consenso que garanta o cumprimento das metas fiscais sem sobrecarregar ainda mais pequenos investidores.

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Last Update: 14/06/2025