O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, declarou que o quadro fiscal do Brasil não servirá como apoio para abandonar a meta de inflação.
Galípolo participou de uma transmissão ao vivo da Warren Investimentos na manhã desta terça-feira, após o BC divulgar a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária.
O Banco Central, como autoridade monetária, reafirmará sua função e reação aos efeitos da política fiscal, tanto nas expectativas quanto na inflação corrente, disse o diretor. O Banco Central tem as ferramentas para atingir a meta e irá utilizá-las.
Para 2024, a meta de inflação é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O Banco Central também não deseja fazer, neste momento, uma sinalização sobre o futuro da taxa básica de juros, a Selic.
O ciclo de cortes da taxa de juros iniciado em agosto de 2023 chegou ao fim no último encontro do Copom, finalizado em 19 de junho.
O BC mencionou como justificativas para a decisão “o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam maior cautela”.
O que a gente fez, ao fazer uma comunicação que utilizou a palavra “interrupção”, mas pretende deixar aberto para a gente ver como é que as coisas vão se desdobrar a partir de agora, disse Galípolo. Então, essa foi a intenção que a gente pretendeu transmitir tanto na ata quanto no comunicado.