Ao elevar a Selic para 15% ao ano, o Banco Central sinalizou firmeza no combate à inflação e conquistou a confiança do mercado. A decisão surpreendeu parte dos analistas, que esperavam estabilidade, e reforçou três recados: o compromisso com o controle de preços, a disposição de manter os juros altos por tempo prolongado e a abertura para novos ajustes, se necessários. O aumento residual de 0,25 ponto foi pequeno no impacto sobre os mercados, mas grande no efeito simbólico, ao quebrar a inércia inflacionária e afastou suspeitas de interferência política. Mesmo diante da queda recente do dólar e das projeções de inflação, o BC optou por cautela reforçada. A atuação de Gabriel Galípolo (foto/reprodução internet) fortalece a imagem de um Banco Central autônomo, técnico e atento ao seu papel: proteger a moeda e o futuro. De fato, ele se portou como o “menino de ouro do Lula”, apelido que ganhou do PT.
