Galípolo congela, Powell destrava

O descontentamento do governo Lula em relação a decisão do Conselho de Política Monetária (Copom) em manter a Selic em 15% e empurrou qualquer corte para 2026 foi externado para o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo (foto: Roque de Sá/Agência Senado). A decisão, dura porém previsível, ajudou a sustentar o apetite por risco no mercado local. Lá fora, Jerome Powell cortou os juros do Fed em 0,25 ponto, levando a taxa para a faixa de 3,5% a 3,75%, movimento amparado por inflação mais calma e mercado de trabalho perdendo força. O efeito combinado é claro: juros travados aqui reforçam ações e fundos imobiliários, enquanto a suavização monetária americana reacende o fluxo para emergentes, incluindo o Brasil. Analistas veem espaço para valorização do Ibovespa e para a volta do velho carry trade, com dólar financiando risco. Agora o tabuleiro fica assim: cortes no Brasil só em 2026, Fed mais flexível favorecendo ativos globais e um humor melhor para economias emergentes, que podem colher capital e algum fôlego extra.

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