O anúncio de reajuste no preço do gás de cozinha nas refinarias, divulgado pela Petrobras na última segunda-feira (8), causou preocupação na Federação Única dos Petroleiros (FUP), devido à possibilidade de impacto na renda e no acesso da população ao item. Assim como o gás de cozinha, o aumento no preço da gasolina também entrou em vigor nesta terça-feira (9). 

“Sabemos que o Brasil importa parte do GLP (gás de cozinha) que consome. Mas não podemos esquecer que o gás de cozinha é item básico da cesta de consumo da população e aumentar seu preço prejudica o orçamento familiar. Qualquer aumento pode restringir o alcance de parte da população ao produto”, afirmou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.

O reajuste anterior nos preços foi feito em outubro, época em que a estatal anunciou redução de R$ 0,12.  

E, desde maio de 2023, houve uma mudança na política de preços praticados pela petroleira, que deixou de seguir a política de paridade internacional (PPI), segundo a qual o reajuste dos combustíveis variava conforme a cotação do dólar e do petróleo no exterior. 

Bacelar reconheceu que a alta da moeda norte-americana e a elevação dos preços do brent no mercado internacional pressionaram os custos da Petrobras. Porém, defende que cabe à estatal priorizar o planejamento de custos a fim de garantir que a população tenha acesso ao botijão de gás. 

O coordenador-geral da FUP também ressalta que o fim do equivocado PPI contribuiu com a estabilidade dos preços. No entanto, o Brasil ainda depende da importação do gás de cozinha para garantir o abastecimento. 

LEIA TAMBÉM:

Categorizado em:

Governo Lula,

Última Atualização: 09/07/2024