A Federação Única dos Petroleiros (FUP) manifesta preocupação com os resultados do 5º Ciclo de Oferta Permanente da Concessão da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) realizado nesta segunda-feira, 17, que entregou boa parte da estratégica Margem Equatorial a empresas estrangeiras.
A Chevron, em consórcio com a chinesa CNPC, arrematou 53,1% dos blocos licitados na Foz do Amazonas, enquanto a Petrobrás, na condição de consorciada com a Exxon, arrematou 46,9% – porém será operadora de apenas 18,8%, mesmo tendo liderado os esforços de atendimento das exigências do licenciamento ambiental.
A FUP alerta que essa perda de protagonismo da Petrobrás enfraquece o controle nacional sobre áreas sensíveis e de alto valor estratégico, comprometendo a soberania energética do Brasil.
Ao privilegiar o regime de concessão e interesses privados internacionais, o governo abre mão de instrumentos fundamentais de planejamento e distribuição da riqueza do petróleo, além da não definição de que esses recursos deveriam ser utilizados para o desenvolvimento econômico, social e sustentável das regiões com os piores IDHs do Brasil.
A FUP reafirma seu compromisso com a defesa da Petrobrás, da soberania nacional e dos interesses do povo brasileiro.