Os funcionários bancários sofreram nos últimos períodos um ajuste salarial sem precedentes imposto pelas demissões em massa, terceirizações e reestruturações impostas pelos banqueiros.
No entanto, o que estava previsto para o período de preparação da campanha salarial era um movimento de organização, mobilização e unificação. No entanto, a Contraf, o Comando Nacional e as Direções Sindicais não demonstraram interesse e vontade política para implementar essa tarefa.
Os encontros nacionais preparatórios tornaram-se burocratizados, com a participação de dirigentes sindicais e sem a presença da base da categoria, divididos pela Direção do Movimento.
Portanto, é necessário um balanço político claro da nossa campanha salarial, das causas da ausência de luta, das consequências da nova derrota e das novas tarefas que se desdobram dessa situação.
Como é possível que uma categoria que sofre um dos maiores ajustes da sua história possa ter sua Campanha Salarial desmontada sem luta?
A base não luta? ou a direção não é de luta?
É um erro culpar os trabalhadores brasileiros por não lutar, como fazem os burocratas, que veem no trabalhador brasileiro um atrasado e que sentem nele um suposto “indisposição para lutar”.
Os trabalhadores, apesar do isolamento imposto pelas suas Direções, deram um exemplo de bravura e disposição de luta nas greves recentes.
O medo e a covardia não vêm dos trabalhadores, mas sim da política das suas principais Direções, que dividiram as lutas em defesa de uma política que é um tiro no pé do próprio governo.
A Corrente Nacional Sindical Bancários em Luta chama todos os companheiros bancários para a discussão e compreender as causas da nova derrota e para superarmos juntos os obstáculos.