São Paulo – O Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social, atualmente SINSSP-BR, convocou assembleia virtual para esta quinta-feira (4), às 18 horas. Na pauta, os informes da terceira rodada da mesa de negociação do INSS e o debate com a categoria sobre o indicativo de greve.
Os servidores do INSS entraram em estado de greve em 17 de junho, com a chamada Operação “Reestruturação com Excelência”. A mobilização nacional inclui os chamados “apagões” às terças e quintas. A operação visa alertar o governo e a população sobre o movimento e, principalmente, sobre as demandas da categoria, que se misturam com a qualidade do atendimento ao público.
De acordo com o presidente da entidade, Pedro Luis Totti, o governo pretende extinguir o cargo de técnico do seguro social, responsável pela análise e concessão de benefícios. “Trabalhadores que ocupam esses cargos correspondem a 80% da força de trabalho do órgão. São eles que analisam os pedidos de concessão de benefícios. Ou seja, um serviço muito acessado pela população”.
Mas há outro aspecto importante envolvido no movimento dos trabalhadores, segundo o SINSSP-BR: a complexidade das funções na operacionalização da legislação previdenciária. E isso demanda uma qualificação especializada para lidar com inúmeras mudanças legislativas. Afinal, é grande a responsabilidade na decisão de conceder ou não o benefício ao segurado.
‘Carreira típica de estado’ para servidores do INSS
Por isso, a entidade sindical defende, entre outras coisas, a readequação da carreira como ‘Típica de Estado’. E também a exclusividade de atribuições. Isso para a importância do trabalho desses profissionais e para capacitá-los melhor para enfrentar os desafios da previdência social, sem aumentar os custos da folha de pagamento.
“A complexidade e a responsabilidade dessas funções exigem formação de Nível Superior. Os servidores precisam ter conhecimento aprofundado de sistemas corporativos, decretos, leis, ações civis públicas e jurisprudências para desempenhar suas funções de maneira eficiente. Portanto, é essencial que o cargo de Técnico do Seguro Social exija formação superior, garantindo que esses profissionais estejam adequadamente preparados para os desafios e responsabilidades de suas funções”, defende a entidade sindical.
No último dia 25 de junho, representes do SINSSP-BR se reuniram com o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, para tratar das pautas do processo de negociação com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). E também sobre a posição do INSS em relação à discussão do processo da carreira.
Stefanutto foi pressionado quanto à sua movimentação em favor das reivindicações das pautas prioritárias da categoria na Mesa de Negociação do MGI. Ele demonstrou insatisfação com a proposta apresentada e disse que estará na terceira rodada da mesa.
Redação: Cida de Oliveira – Edição: Helder Lima