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Logos da Caixa Econômica Federal e do Banco Master – Foto: Reprodução

Na segunda-feira (8), a cúpula da Caixa Econômica Federal destituiu dois gerentes que se opuseram à compra de um lote de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master. Os títulos foram considerados arriscados demais para os padrões da instituição.

Um parecer sigiloso de 19 páginas, divulgado pela coluna de Malu Gaspar, no Globo, desaconselhou a operação, considerada “atípica” e “arriscada”, não só pelo alto valor, mas também pelo rating do Banco Master.

Má reputação

O documento em questão classificava o modelo de negócios do Master como “de difícil compreensão” e apontava para um “alto risco de solvência”. A discussão do parecer no comitê de investimento da Caixa Asset foi retirada de pauta após a oposição dos gerentes.

Quatro dias após o impasse, os gerentes Daniel Cunha Gracio e Maurício Vendruscolo foram destituídos de seus cargos. Segundo fontes, a destituição foi comunicada em uma videoconferência com a participação do CEO da Caixa Asset, Pablo Sarmento, e foi justificada por uma reformulação na forma de atuação da companhia.

Composição do Master

O Master é um banco formado a partir do antigo Banco Máxima que tem entre os principais acionistas os empresários Eduardo Silva, Luís Carlos e Augusto Ferreira Lima. Ele assumiu a atual razão social em 2021.

Eduardo Silva, principal acionista e atual CEO do Master – Foto: Reprodução

A instituição tem R$ 820 milhões em ativos, mas possui apenas R$ 40 milhões comprados pelo mercado, com o restante aplicado por gestoras ligadas à própria instituição. Este é um fator que, por si só, exibe o risco inerente na operação.

Eliminar resistências

A destituição dos gerentes foi interpretada nos bastidores da Caixa como uma tentativa de eliminar resistências internas ao negócio. Desde então, abriu-se uma crise no banco, repercutindo entre operadores do mercado financeiro. A retirada do assunto de pauta não significa que a operação tenha sido cancelada, podendo ser retomada em futuras reuniões do comitê de investimentos.

A preocupação é grande porque, segundo funcionários da Caixa Asset, não há precedentes de uma operação desse volume com riscos tão altos. A Caixa Asset, criada em 2021, nunca aplicou um valor tão elevado em instituições de perfil arriscado como o Master, que possui um rating interno de BB+, considerado de médio risco.

As letras financeiras do Banco Master previam uma rentabilidade de 130% do CDI ao ano no prazo de 10 anos. No entanto, o parecer dos gerentes ressaltou que a Caixa Asset nunca aplicou um volume sequer próximo de R$ 500 milhões durante um prazo tão longo em instituições de perfil arriscado. A operação foi considerada altamente atípica e arriscada, contrária às práticas comuns de mitigação de riscos.

Vale ressaltar que nenhuma das concorrentes da Caixa Asset fez negócio com o Banco Master, reforçando a tese de uma operação atípica.

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Última Atualização: 13/07/2024