Funcionários acham que departamentos de recursos humanos valorizam a diversidade, mas não traduzem isso em ações concretas

A empresa de consultoria Cajuína, em parceria com a Opinion Box, conduziu um estudo nacional para avaliar como os trabalhadores percebem as ações de diversidade implementadas pelos setores de Recursos Humanos (RH).

De acordo com o estudo, 52% dos trabalhadores acreditam que o RH demonstra preocupação com a diversidade, mas apenas 37% afirmam que suas empresas implementaram ações concretas, como recrutamento afirmativo para grupos sub-representados.

O levantamento envolveu 1.003 profissionais CLT de empresas com mais de 100 funcionários, considerando os modelos presencial, híbrido e remoto.

Percepção sobre ações afirmativas

A pesquisa revelou que 63% dos entrevistados enxergam as ações afirmativas de maneira positiva, como vagas direcionadas a mulheres, pessoas pretas, LGBTQIA+ e PCDs. No entanto, 36% não souberam responder se suas empresas adotam práticas concretas nesse sentido. A falta de comunicação sobre essas iniciativas tem impactado a percepção dos trabalhadores.

O estudo também apontou que 66% acreditam que as empresas oferecem oportunidades de crescimento e liderança para pessoas pretas e pardas. Entre as mulheres, esse número sobe para 73%. No entanto, quando se trata de grupos como LGBTQIA+ e pessoas neurodiversas, os índices são menores, refletindo desafios adicionais de inclusão.

Grupos de afinidade e esforços percebidos

Sobre estruturas de apoio, 46% dos entrevistados disseram que suas empresas não possuem grupos de afinidade voltados à diversidade. Entre as iniciativas existentes, os grupos mais comuns são voltados para mulheres (34%) e pessoas LGBTQIA+ (32%).

Em relação à evolução desses esforços, 61% afirmaram que as iniciativas de diversidade permaneceram no mesmo nível no último ano. Já 29% perceberam um aumento, enquanto 10% relataram redução nos esforços das empresas.

Desafios do setor de RH

Quando questionados sobre o setor de RH, 38% dos entrevistados disseram que ele promove oportunidades iguais para todos. No entanto, 47% o consideram burocrático. Além disso, apenas 32% acreditam que o setor é flexível, o que indica necessidade de modernização nos processos internos.

“Os resultados mostram que, embora haja uma percepção positiva sobre a preocupação do RH com diversidade, ainda existem desafios importantes, como a implementação de ações efetivas e a comunicação clara dessas iniciativas”, afirma Luiza Terpins, líder da Cajuína.

Ela complementa que o equilíbrio entre processos estruturados e a criação de um ambiente mais inclusivo ainda é um desafio para muitas empresas.

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