Condenada a 10 anos de prisão pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a deputada Carla Zambelli (PL-SP) anunciou nesta terça-feira (3) que deixou o país. A parlamentar disse que vai ficar na Europa e deve pedir licença do mandato como deputada.
Além da prisão, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela perda do mandato parlamentar e da inelegibilidade por oito anos.
Assim como o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho 03 do ex-presidente, ela é mais uma bolsonarista que foge da Justiça.
Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), a fuga é um alerta ao judiciário sobre os réus da tentativa de golpe, especialmente Bolsonaro.
“A extrema direita não reconhece a Justiça e é covarde. Quem tiver meios vai fugir e simular perseguição no conforto do autoexílio. Ainda vão enriquecer pedindo Pix”, disse o deputado.
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A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) considera que a parlamentar, mesmo com cidadania italiana, não escapará da Justiça brasileira.
“Para esses criminosos bolsonaristas, a cidadania estrangeira virou o novo habeas corpus preventivo”, disse Jandira.
De acordo com ela, Zambelli agora se esconde atrás do passaporte italiano e afirma que está “resistindo” e não fugindo.
“É típico deles: atacam a democracia brasileira e quando a Justiça os alcança, correm para se proteger fora do país. Nenhum oceano Atlântico vai separar a deputada de pagar pelos seus crimes. Arrivederci, Zambelli!”, postou na rede social.
A deputada Daiana Santos (PCdoB-RS) lembrou que Zambelli saiu do Brasil alegando a necessidade de fazer um tratamento médico na Europa.
“Vamos deixar bem claro: ela não saiu do país, ela FUGIU! É isso que os covardes fazem. Quando são pegos, eles fogem. Que a justiça a traga de volta para responder pelos seus crimes no Brasil!”, escreveu no X.
“Dois expoentes do bolsonarismo fogem do Brasil. É o retrato dessa corrente política adepta de crimes, adoradora de fake news, antipatriota e covarde!”, reagiu o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA).
