Frente parlamentar em defesa das nossas terras raras, por Reginaldo Lopes

Se nenhuma novidade surgir, no fim desta semana os Estados Unidos começam a cobrar a tarifa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil. Depois do acordo que fechou com a União Europeia, nosso país será o único que não teve oportunidade de se sentar para negociar. Até mesmo porque o que tentam impor como condição é inegociável, querendo que um poder autônomo, de um país soberano, deixe de punir criminosos que atentaram contra a democracia.

A única ação que pode representar um sinal veio do encarregado de negócios da embaixada americana, Gabriel Escobar. Ele é o principal nome dos EUA no Brasil, diante da falta de indicação de um embaixador. Em reunião com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), ele manifestou o interesse direto do governo Trump nas terras raras, minerais críticos e estratégicos brasileiros.

O experiente presidente do Ibram, ex-ministro Raul Jungmann, respondeu que qualquer negociação sobre o tema deve ser feita com o governo brasileiro, e não pelos empresários do setor, já que nosso subsolo é de responsabilidade da União.

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Interlocutores dos setores público e privado interpretaram o gesto como uma sinalização de que nossa riqueza mineral está sendo cobiçada para ser usada como moeda de troca pelos estadunidenses numa possível mesa de negociação sobre tarifas de importação impostas ao nosso país.

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