Segundo dados da Mastercard, 62% das empresas brasileiras enfrentam ataques online e fraudes regularmente. Um relatório da Adyen revela que essas fraudes causaram um prejuízo médio de R$ 7,5 milhões por companhia varejista no último ano. Como as empresas podem superar esses desafios e prosperar?
Igor Castroviejo, diretor comercial da 1datapipe, plataforma de insights, destaca a importância da Inteligência Artificial (IA) no combate a fraudes. Um estudo da EY indica que a tecnologia tem aproximadamente 85% de precisão na detecção de spam, malware e invasões de rede.
“Ao combinar IA com análise de dados, é possível identificar indivíduos com maior propensão a cometer fraudes. A tecnologia realiza uma varredura nos rastros virtuais, incluindo comportamentos online, revelando intenções e atitudes suspeitas,” explicou.
Aprendizado Automatizado na Prevenção de Fraudes
O aprendizado automatizado, uma forma de machine learning, é outro aspecto importante no combate às fraudes. “Os sistemas das empresas avaliam informações internas e reconhecem padrões de golpes comuns. Isso permite diferenciar automaticamente transações legítimas de fraudulentas, detectando especificações que métodos tradicionais não capturam,” afirmou Castroviejo.
Desafios das Contas Falsas
Outro problema crescente no Brasil é o aumento das contas falsas, especialmente no sistema Pix. Dados do Banco Central estimam que uma em cada 12 mil operações Pix são fraudulentas.
“A análise de padrões de dados e comportamentos suspeitos usando IA permite que as empresas identifiquem contas falsas. Essa abordagem reduz a dependência de biometria cara, diminui custos e minimiza atritos com consumidores”, diz o especialista.
Tendências Futuras da Inteligência Artificial
Castroviejo acredita que a IA terá um papel cada vez mais relevante no combate a fraudes. Um levantamento da Associação de Investigadores de Fraudes Certificados (ACFE) e da SAS mostra que 42% dos profissionais antifraude na América Latina já utilizam IA e Machine Learning, e esse número deve triplicar até o final do próximo ano. “Esse tipo de solução veio para ficar e promete um futuro mais seguro para as empresas brasileiras,” conclui.
