As investigações da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre fraudes no INSS mostram que o esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões ganhou força durante o governo Jair Bolsonaro, especialmente nos anos de 2021 e 2022.

De acordo com a CGU, a maior parte das fraudes foi cometida por associações e sindicatos que firmaram acordos de cooperação com o INSS justamente nesse período. O caso mais emblemático é o da Associação de Aposentados Mutualista para Benefícios Coletivos (Ambec), que em 2020 tinha apenas três associados e, a partir de 2022, passou a realizar descontos milionários nos benefícios de aposentados.

O levantamento da CGU, feito a partir dos dados de 1,5 milhão de beneficiários que pediram reembolso, mostra que, só em 2022, a Ambec movimentou R$ 25 milhões em descontos suspeitos. Em 2024, esse valor saltou para R$ 231 milhões.

A investigação também aponta que, entre 2019 e 2022, houve um afrouxamento nos controles do INSS, permitindo a entrada de novas entidades no sistema de descontos em folha de pagamento. O resultado foi um prejuízo bilionário para aposentados e pensionistas.

Esses dados enfraquecem os esforços da oposição e do grupo bolsonarista em tentar emplacar uma CPI sobre o caso, além de atrapalhar a estratégia de responsabilizar exclusivamente o governo Lula pelo escândalo no INSS.

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 19/05/2025