As forças de ocupação israelenses realizaram uma nova investida brutal contra a população palestina na Cisjordânia ocupada. A ação mais recente ocorreu na cidade de Azzun, situada a leste de Qalqilya, onde soldados sionistas invadiram lares, submeteram centenas de pessoas a interrogatórios e prenderam diversas delas.

Segundo testemunhas, os militares israelenses invadiram diversas casas, vasculharam os cômodos e interrogaram cerca de 200 palestinos no próprio local antes de libertá-los. Contudo, alguns foram levados à força para locais desconhecidos. Imagens divulgadas por ativistas mostram civis palestinos sendo forçados a permanecer apenas com roupas íntimas no momento da prisão, evidenciando a prática sistemática de humilhação e abuso conduzida pelo exército israelense.

Azzun tem sido um alvo constante dessas incursões, pois está situada próxima a uma via frequentemente utilizada por colonos ilegais que transitam entre Qalqilya e Ramalá. A ofensiva faz parte da escalada de violência imposta por “Israel” contra o povo palestino, que desde 21 de janeiro já causou pelo menos 65 mortes e obrigou milhares a deixarem suas casas na Cisjordânia.

Os ataques israelenses também se refletem no crescente número de detenções arbitrárias. Apenas no mês de fevereiro, 762 palestinos foram presos, dentre eles 90 crianças e 19 mulheres. As informações foram divulgadas em um relatório produzido pela Comissão Palestina de Assuntos de Detentos e Ex-Detentos, pela Sociedade dos Prisioneiros Palestinos e pela Addameer, entidade voltada à defesa dos direitos dos presos políticos.

O documento indica que a maioria das prisões ocorreu em Jenin e no campo de refugiados da região, onde as operações militares israelenses já se estendem por mais de um mês. Além disso, houve um aumento expressivo nas abordagens de campo, com centenas de palestinos sendo interrogados pelas forças de ocupação nas últimas semanas. Desde o início da ofensiva militar no norte da Cisjordânia, em 21 de janeiro, 300 palestinos foram detidos em Jenin e outros 200 em Tulcarém e seus campos de refugiados.

Desde 7 de outubro de 2023, o número de palestinos presos na Cisjordânia subiu para 15.640. Entre eles, estão 490 mulheres, sem contar aquelas sequestradas na Faixa de Gaza, cujo número é estimado em dezenas.

A intensificação da repressão israelense faz parte de uma política deliberada de perseguição e terror contra a população palestina. Enquanto isso, o regime sionista continua suas ações de colonização, apartheid e massacres, contando com o apoio deliberado das potências imperialistas, que garantem sua impunidade.

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Last Update: 12/03/2025