Na manhã desta quarta-feira (21), judeus ortodoxos protestaram pacificamente em frente a um escritório de recrutamento militar, em Jerusalém. Eles sentaram-se na rua Jafa, bloqueando o trânsito, e gritaram palavras de ordem, como “Morreremos, mas não nos alistaremos” e “Para a prisão e não para o exército”. Alguns cartazes também foram vistos com dizeres como “Morreremos, mas não nos alistaremos, nazistas” e “Para a prisão e não para o exército”, referindo-se à polícia como “nazistas e imundos”.
A polícia reprimiu a manifestação, utilizando força para remover os judeus ortodoxos do local. Os que estavam sentados foram arrastados. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram que pelo menos um manifestante ficou ferido.
Outra manifestação ocorreu em frente à base militar de Tel Hoshmer, em Jafa ocupada, com palavras de ordem contra o recrutamento, como “Recrutamento é pior que a morte”. Alguns manifestantes entraram no prédio, mas foram igualmente reprimidos pela polícia.
Manifestações como essas têm aumentado desde que a Suprema Corte decidiu, no final de junho, que não havia base legal para isentar os judeus ortodoxos do recrutamento.
No estado, o serviço militar é obrigatório para a maioria dos cidadãos, mas os judeus ortodoxos, que são contra o sionismo, sempre foram isentos. A decisão do estado em forçá-los a servir às forças de ocupação vem em um momento em que o número de baixas no exército é de pelo menos 10 mil e a guerra na região tende a escalar.