O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teria rejeitado um plano proposto por Israel para assassinar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. A informação foi revelada por três autoridades americanas à emissora CBS News. Segundo os relatos, o republicano teria dito ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que matar Khamenei “não é uma boa ideia“. Até o momento, o presidente americano não comentou o caso.

A conversa entre os líderes teria acontecido após o ataque israelense ao Irã na sexta-feira (13), que marcou o início de uma nova e intensa fase do conflito entre os dois países. Desde então, os bombardeios de ambos os lados se sucedem sem trégua.

Netanyahu evita confirmar veto, mas promete continuar ofensiva

Em entrevista à Fox News, Netanyahu se recusou a confirmar ou negar a reportagem da Reuters que apontava o veto de Trump ao plano de assassinato do aiatolá. “Há tantos relatos falsos de conversas que nunca aconteceram e não vou entrar nesse assunto. Mas posso dizer que acho que fazemos o que precisamos fazer. Faremos o que for preciso e acho que os EUA sabem o que é bom para eles“, declarou o premiê israelense.

Fontes israelenses ouvidas pela CBS News reforçaram que, “em princípio“, Israel não adota como prática a execução de líderes políticos estrangeiros. “Estamos focados em energia nuclear e militar. Não acho que ninguém que tome decisões sobre esses programas deva viver em liberdade e tranquilidade“, disse uma autoridade de Israel.

Negociação nuclear é suspensa

O ataque de sexta-feira, realizado por Israel, teve como alvo a infraestrutura nuclear iraniana e outras instalações militares. A resposta iraniana veio logo depois, e desde então os dois países têm trocado bombardeios em larga escala. Nesta segunda-feira (16), a ofensiva entrou em seu quarto dia.

A escalada militar já tem impacto direto nas tentativas diplomáticas de reduzir as tensões. Uma nova rodada de negociações nucleares entre os EUA e o Irã estava prevista para o domingo, mas foi cancelada de última hora. O anúncio foi feito pelo mediador do diálogo, o ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr Albusaidi.

Segundo fontes diplomáticas, o Irã informou a representantes de Omã e do Catar que não está disposto a discutir um cessar-fogo enquanto continuar sob ataque israelense.

Trump diz que EUA “não tiveram nada a ver” com ataques

Tentando se distanciar diretamente das ações israelenses, Trump declarou no sábado que os EUA “não tiveram nada a ver com o ataque ao Irã“. Ainda assim, o presidente manteve o tom de ameaça ao regime iraniano: “Se formos atacados de qualquer maneira pelo Irã, toda a força e poder das Forças Armadas dos EUA recairão sobre vocês em níveis nunca vistos antes”.

Em sua rede social, a Truth Social, Trump pediu um acordo entre Irã e Israel, sugerindo que poderia intervir diplomaticamente. “Assim como fiz com a Índia e o Paquistão“, afirmou, relembrando o recente episódio de distensão entre os dois países asiáticos mediado por Washington.

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Last Update: 16/06/2025