A revista Focus Brasil, em sua edição comemorativa de número 200, destaca que o Brasil saiu mais uma vez do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2014, o país tinha deixado o mapa criado para avaliar populações em situação de subnutrição alimentar. Porém, nos governos autoritários de Michel Temer e Jair Bolsonaro, entre 2018 e 2022, o país amargou a destruição de políticas sociais e retornou ao estado de insegurança alimentar grave.

No governo Lula, com a priorização em políticas públicas de aumento e transferência de renda, como o Bolsa Família, o país deixou mais uma vez a fome para trás e colocou comida na mesa dos brasileiros. Sair do Mapa da Fome significa que menos de 2,5% da população vive em situação de restrição de alimentos. É uma grande conquista que emocionou o presidente Lula e demais membros do governo.

A insegurança alimentar grave, que atingia mais de 33 milhões de brasileiros em 2021, recuou a patamares históricos. Foram retiradas da fome cerca de 24 milhões de pessoas até o fim de 2023. Segundo a FAO, estar no Mapa da Fome significa ter mais de 2,5% da população em subalimentação crônica, ou seja, sem acesso regular à calorias mínimas para uma vida saudável.

“O Brasil havia deixado essa lista em 2014, ao final do ciclo de expansão das políticas sociais inauguradas por Lula e mantidas por Dilma Rousseff. Voltou em 2021, sob o impacto do desmonte de programas sociais, dos cortes de orçamento e da gestão negacionista durante a pandemia. Com o retorno da fome e a explosão da pobreza extrema, o país viu retroceder conquistas que haviam se tornado referência mundial”, destaca a Focus.

A revista destaca que em seu terceiro mandato, Lula colocou a fome novamente como prioridade nacional. Criou o Plano Brasil Sem Fome, restaurou o Bolsa Família, ampliou o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e promoveu ações interministeriais voltadas à segurança alimentar, ao combate à desigualdade e à geração de renda.
A atuação conjunta dos ministérios garantiu foco na equidade de gênero, com políticas voltadas a mulheres rurais, comunidades tradicionais e famílias em situação de vulnerabilidade.

O impacto foi imediato. Em 2024, o desemprego caiu a 6,6%, a menor taxa desde 2012, e a renda dos 10% mais pobres cresceu 10,7%, ritmo 50% superior ao dos 10% mais ricos. A classe média, pela primeira vez em anos, voltou a crescer, atingindo 52% da população. O índice de Gini, que mede a desigualdade, caiu para 0,506, o menor da série histórica. O Brasil também bateu recorde de rendimento domiciliar per capita, que alcançou R$ 2.020.

Viralatismo

A Focus Brasil também destaca a missão de senadores brasileiros para tentar negociar sobre tarifas com o governo dos Estados Unidos. No entanto, ao mesmo tempo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) atua abertamente para sabotar as negociações. Em declarações públicas e conversas de bastidor nos Estados Unidos, Eduardo disse estar “trabalhando para que não haja qualquer diálogo” entre os parlamentares brasileiros e autoridades norte-americanas.

A comitiva do Senado, formada por representantes de diferentes partidos, tenta sensibilizar o Congresso dos EUA sobre os impactos do tarifaço de Trump para o comércio bilateral. No entanto, o filho do ex-presidente tenta impedir os encontros diplomáticos e prejudicar a imagem do Brasil no exterior, mesmo diante de uma medida considerada desproporcional e lesiva à indústria nacional.

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A atitude do deputado repete a estratégia de isolamento adotada durante o governo Bolsonaro, em que prevalecia o alinhamento automático com figuras da extrema direita americana, em detrimento dos interesses econômicos e diplomáticos do país. Desta vez, a sabotagem ocorre em meio a uma crise comercial que pode afetar milhões de empregos no Brasil.

Trump assinou decreto que oficializa as tarifas, mas deixou de fora diversos itens, como ferro, aço, peças para aviões, ar-condicionado, castanhas, suco de laranja, combustíveis, entre outros.

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Da Redação

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Last Update: 30/07/2025