A revista Focus Brasil, em sua mais nova edição, revela o servilismo de setores bolsonaristas, que deixaram claro sua ausência de patriotismo em meio ao ataque comercial ao nosso país, protagonizado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O deputado federal Eduardo Bolsonaro foi até Washington para induzir sanções contra seu próprio país. Ao mesmo tempo, o pai dele, Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, apoiaram a taxação.

A resposta do governo do presidente Lula ao ataque foi rápida e o chefe do Executivo destacou que a Lei da Reciprocidade, que permite que o Brasil devolva a taxação, será colocada em prática, caso Trump não recue. O prazo inicial dado pelo presidente norte-americano para colocar uma tarifa de 50% em vigor é 1º de agosto, ou seja, menos de 15 dias a partir de agora.

Segundo o presidente Lula, o comitê já iniciou reuniões com empresários para avaliar os impactos da sobretaxa de 50% anunciada por Trump. “A gente tem pouco tempo para reverter essa decisão, que afeta diretamente os interesses econômicos e a soberania do nosso país”, afirmou o presidente em publicação na rede ‘X’. 

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A Focus destaca que “na carta em que anunciou as tarifas, Trump cita decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro e insinua perseguição contra Jair Bolsonaro, que é réu por tentativa de golpe de Estado” e que “a narrativa reflete a atuação deliberada do deputado Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, em uma ofensiva contra o Brasil para proteger seu pai da Justiça”.

“Estamos assistindo a um ‘familiarismo’, e não patriotismo. Uma família que se coloca acima dos interesses do povo brasileiro: a família Bolsonaro”, denunciou o senador Rogério Carvalho (PT). Para ele, Eduardo está conspirando contra o Estado Democrático de Direito. “Isso é crime”, disse.

O advogado Marcelo Uchôa foi ainda mais direto: “É surreal ver uma família que perdeu uma eleição tentando destruir um país”. Em entrevista à TVPT, Uchôa defendeu a prisão preventiva de Jair Bolsonaro e a cassação de Eduardo Bolsonaro. “Ele está negociando com um grupo estrangeiro para provocar uma situação de desestabilização no país. É um lesa-pátria. Está advogando em defesa do pai, não do Brasil”, afirmou.

Entrevista

A edição da Focus Brasil traz uma entrevista exclusiva com o economista Yanis Varoufakis, um dos intelectuais mais provocadores da economia política do século XXI. Ex-ministro das Finanças da Grécia e professor universitário, ganhou notoriedade global por enfrentar a Troika durante a crise grega de 2015, e por desmontar os mitos da tecnocracia financeira internacional. 

Hoje, ele propõe uma tese radical: o capitalismo não está em crise, está morto. E foi o próprio capital que o matou. “O capital foi tão triunfante que matou o capitalismo”, afirma Varoufakis, que batizou o novo sistema de tecnofeudalismo. Nesse regime, as grandes plataformas digitais operam como senhores feudais da era da nuvem, não mais produzindo mercadorias, mas controlando o desejo humano e extraindo rendas digitais diretamente dos usuários. “Amazon.com substituiu os mercados por feudos na nuvem”, explicou ele, na entrevista.

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Da Redação

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Last Update: 17/07/2025