A revista Focus Brasil, editada pela Fundação Perseu Abramo (FPA), em sua mais nova edição, destaca, na matéria de capa, a luta das centrais sindicais pela redução da jornada de trabalho e pelo fim da chamada escala 6X1, quando trabalhadores exercem suas atividades profissionais por seis dias na semana e têm apenas um de folga.

A Focus ressalta o encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com as centrais, onde ele ouviu as demandas pela redução da jornada, valorização do salário mínimo e reforço nas políticas públicas. A matéria ressalta que o encontro reforça o diálogo que o presidente sempre manteve com os movimentos sociais. 

Um ato unificado tomou as ruas de Brasília no dia 24 de março e chamou atenção para a reivindicação dos trabalhadores. Organizados pela CUT, Força Sindical, Intersindical e demais centrais, a Marcha da Classe Trabalhadora teve como pontos altos uma plenária com ministros de Estado, uma caminhada pela Esplanada e a entrega formal das reivindicações ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

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“O documento traz, documento que traz, entre outras reivindicações urgentes, a redução da jornada de trabalho sem redução salarial; o fim da escala 6 x 1; a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e a taxação dos super-ricos, pautas que ganham força nas ruas e nas redes sociais entre trabalhadores,” destaca o texto da matéria. 

Outra revindicação dos trabalhadores é a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. A medida já faz parte da agenda do governo Lula, que enviou ao Congresso um projeto de lei prevendo a isenção,  “Nenhum direito que a classe trabalhadora tem caiu do céu. Foi com muita mobilização e luta. Precisamos reeleger o nosso presidente Lula, que é o grande pai da classe trabalhadora no Brasil”, disse Sérgio Nobre, presidente nacional da CUT, ao reafirmar que a luta sindical está diretamente conectada ao projeto democrático e popular encabeçado pelo governo.

Mobilização histórica

Outra reportagem da Focus relembra a luta do PT contra o regime militar e a mobilização pelas conquistas da classe trabalhadora, além da mobilização pela soltura do presidente Lula na década de 80 – preso pelo regime militar em meio a uma greve geral. “Logo após ser fundado, em fevereiro de 1980, numa iniciativa que reuniu representantes de diversas categorias, da sociedade civil e da classe artística, o Partido dos Trabalhadores já encampava uma das maiores lutas por direitos em plena ditadura militar”, destaca o texto. 

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Em março daquele ano, com a legenda cada vez mais organizada e ainda tentando buscar o seu registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral, a primeira greve geral em 19 anos seria convocada. Entre as pautas, estavam a campanha salarial, o fim do arrocho, a reconquista de direitos civis, além de temas relacionados à reforma agrária. Uma assembleia declarou a greve sem necessidade de piquetes, ou seja, sem impedir a entrada dos demais colegas nas fábricas. A paralisação se estendeu por todo o ABC e por mais 17 cidades do interior de São Paulo

O regime de João Figueiredo reprimiu fortemente a manifestação, com 8 mil militares, 40 viaturas do Exército e três helicópteros que faziam voos rasantes sobre os trabalhadores organizados. Lula era o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Até que, em 19 de abril, Lula e outros 12 sindicalistas seriam levados pelos agentes do golpe, justamente por estarem à frente das greves que aconteciam no país. Um cartaz espalhado pelas manifestações dias depois deixava claro qual seria a postura dos trabalhadores: “Com ou sem Lula, a greve continua”. E ela, de fato, continuou.

Da Redação

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Last Update: 03/05/2025