Flotilha, pacifismo e violência revolucionária

A flotilha da liberdade, agora denominada de Global Sumud Flotilla, partiu neste domingo de Barcelona. A flotilha será pacífica. Mesmo assim é muito importante. A resistência palestina sempre utilizou, em sua luta por libertação, a combinação da luta armada e não-armada.

Mas há apoiadores da causa palestina que apenas concordam com ações pacifistas ou que criticam a ação de 7 de outubro de 2023 ou a tomada de prisioneiros israelenses para trocar por presos palestinos. Vejamos outras opiniões.

Há 89 anos também partiram de Barcelona, as milícias operárias e populares armadas para combater os fascistas liderados por Franco. Em “Uma revolução silenciada”, o marxista Ángel Luis Parras escreveu sobre o líder da primeira coluna armada que partiu da cidade.

“O homem que melhor encarnou o heroísmo da classe operária, sua tenacidade revolucionária, seu espírito de sacrifício e a firme convicção de que guerra e revolução eram um binômio indissolúvel, foi Buenaventura Durruti”.

Durruti defendia a violência revolucionária. Em 25 de julho de 36, pouco antes de partir de Barcelona, declarou: “Todos os trabalhadores da Espanha sabem que, se triunfa o fascismo, virá a fome e a escravidão. Mas os fascistas também sabem o que os espera se perdem.

Em “Recordando a guerra civil” George Orwell questiona: “O pacifismo está em grande parte fundado na crença de que o mal derrota a si próprio com o tempo. Não resistimos ao mal, e de algum modo ele se destruirá sozinho. Mas por que haveria de fazê-lo? Que prova existe que isso aconteça?”

As lições da guerra civil na Espanha, e da resistência palestina, demonstram que os oprimidos utilizam os meios disponíveis para se defender, sejam eles armados ou pacíficos, e ambos merecem nosso apoio incondicional.

A ação da resistência palestina de 7 de outubro de 2023 é justificada pela opressão sionista e também pelo direito de resistir à ocupação previsto pelo direito internacional. Tomar prisioneiros israelenses para trocar pelos presos palestinos, é uma tática justa.

Sobre a violência revolucionária, o poeta alemão Bertold Brecht escreveu: “Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem”.

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