
Após a formação de maioria no Supremo Tribunal Federal (STF) pela condenação de Jair Bolsonaro (PL) em todos os crimes ligados à trama golpista, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) atacou a Corte. Ele voltou a dizer que seu pai sofre “perseguição” e chamou Alexandre de Moraes de “ditador”.
“A pretexto de defender a democracia, os pilares da democracia foram quebrados para condenar um inocente que ousou não se curvar a um ditador chamado Alexandre de Moraes. Suprema perseguição. Querem matar Bolsonaro”, escreveu o senador no X.
A pretexto de defender a democracia, os pilares da democracia foram quebrados para condenar um inocente que ousou não se curvar a um ditador chamado Alexandre de Moraes.
SUPREMA PERSEGUIÇÃO
QUEREM MATAR BOLSONARO— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) September 11, 2025
Em outra publicação, Flávio elogiou Luiz Fux, que divergiu dos colegas e votou pela absolvição do ex-presidente, e disse que os demais ministros fizeram “joguinho combinado”. “O voto de Carmem Lúcia foi simplesmente constrangedor, com direito a inédito e anti regimental aditamento do voto de Alexandre de Moraes com vídeo que, até onde sei, sequer consta dos autos”, prosseguiu.
A turma da farsa acusou o golpe com a aula dada por Luiz Fux, em seu voto ontem.
O joguinho combinado dos 4 outros membros da 1ª Turma durante o voto de Carmem Lúcia foi simplesmente constrangedor, com direito a inédito e anti regimental aditamento do voto de Alexandre de Moraes…— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) September 11, 2025
Principal porta-voz do pai desde que ele passou à prisão domiciliar, em 4 de agosto, Flávio acompanhou o dia no Senado e depois foi à casa de Bolsonaro, no Jardim Botânico, em Brasília. Ele alega que o julgamento teria ignorado provas e já teria sentença definida antes mesmo de começar.
Com a condenação, ele e outros políticos do PL devem intensificar a campanha para que o Congresso Nacional paute o projeto de lei da anistia e inclua seu pai.
Desde 4 de agosto, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. Com a condenação, a Corte agora decidirá se ele vai cumprir pena numa cela especial da Polícia Federal ou na Papuda, em Brasília.
A Corte formou maioria na tarde desta quinta (11), com o voto de Cármen Lúcia, que disse existir “prova cabal” de que o ex-presidente liderou uma organização criminosa com o objetivo de promover um golpe de Estado.
O último a votar é Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, que deve seguir o entendimento do relator, Alexandre de Moraes, e de Flávio Dino. Fux foi o único a apresentar voto contrário, absolvendo Bolsonaro.